São Paulo, sábado, 30 de junho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Outro lado

Advogado diz que compra do terreno é lícita

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O advogado da Antares Engenharia e da Aldebaram Investimentos Imobiliários, Marcelo Bessa, nega que o terreno tenha sido negociado por um preço abaixo do mercado e diz que não houve ilicitude na operação de compra.
"Na visão da empresa, o terreno era lícito, a operação totalmente lícita. Toda a operação foi feita às claras, por escritura pública. Todos os pagamentos que foram feitos constam na escritura, exatamente para evitar qualquer tipo de especulação."
Ele também afirmou que "os terrenos comprados pela empresa nunca são negociados por um preço abaixo do mercado".
Segundo o advogado, a negociação da compra foi iniciada em "meados de abril" e finalizada na última quinta-feira. "Só falta a realização de um pagamento, no valor de R$ 9,9 milhões". Ele diz, no entanto, que, se houver alguma coisa ilícita, vai "sustar o último pagamento a ser realizado à Alphaville".
A Alphaville é a empresa do ex-deputado distrital Wigberto Tartuce (PMDB) que comprou o terreno de fundos de pensão de estatais do Distrito Federal. Ele não foi localizado ontem pela reportagem da Folha.
Bessa afirma que não existe ligação entre a Antares e a Agrícola Xingu -empresa que comprou uma fazenda no interior da Bahia do empresário Nenê Constantino, presidente do Conselho de Administração da Gol. "Nunca ouvi falar em Agrícola Xingu, salvo agora que a empresa está sendo divulgada na mídia", afirmou.
O advogado também diz que Nenê não é sócio das empresas, mas que "existem alguns empreendimentos em que o senhor Constantino de Oliveira é investidor".
Roriz disse, por meio de sua assessoria, que não falará sobre o assunto, já que a lei que amplia o limite máximo de área construída do terreno comprado pela Aldebaram foi encaminhada à Câmara Legislativa do Distrito Federal quando Maria de Lurdes Abadia já havia assumido o governo.
A assessoria de imprensa da Gol foi contatada ontem, às 16h30, pela reportagem, mas não retornou até o fechamento desta edição.
Deodemiro Alves Silva, funcionário administrativo da Antares, e Gim Argelo, suplente de Roriz no senado, não foram encontrados pela reportagem.


Texto Anterior: Terreno mostra elo entre Roriz e dono da Gol
Próximo Texto: Entenda o caso
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.