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Outro lado
Advogado diz que compra do terreno é lícita
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O advogado da Antares
Engenharia e da Aldebaram
Investimentos Imobiliários,
Marcelo Bessa, nega que o
terreno tenha sido negociado por um preço abaixo do
mercado e diz que não houve
ilicitude na operação de
compra.
"Na visão da empresa, o
terreno era lícito, a operação
totalmente lícita. Toda a
operação foi feita às claras,
por escritura pública. Todos
os pagamentos que foram
feitos constam na escritura,
exatamente para evitar qualquer tipo de especulação."
Ele também afirmou que
"os terrenos comprados pela
empresa nunca são negociados por um preço abaixo do
mercado".
Segundo o advogado, a negociação da compra foi iniciada em "meados de abril" e
finalizada na última quinta-feira. "Só falta a realização de
um pagamento, no valor de
R$ 9,9 milhões". Ele diz, no
entanto, que, se houver alguma coisa ilícita, vai "sustar o
último pagamento a ser realizado à Alphaville".
A Alphaville é a empresa
do ex-deputado distrital
Wigberto Tartuce (PMDB)
que comprou o terreno de
fundos de pensão de estatais
do Distrito Federal. Ele não
foi localizado ontem pela reportagem da Folha.
Bessa afirma que não existe ligação entre a Antares e a
Agrícola Xingu -empresa
que comprou uma fazenda
no interior da Bahia do empresário Nenê Constantino,
presidente do Conselho de
Administração da Gol.
"Nunca ouvi falar em Agrícola Xingu, salvo agora que a
empresa está sendo divulgada na mídia", afirmou.
O advogado também diz
que Nenê não é sócio das
empresas, mas que "existem
alguns empreendimentos
em que o senhor Constantino de Oliveira é investidor".
Roriz disse, por meio de
sua assessoria, que não falará sobre o assunto, já que a
lei que amplia o limite máximo de área construída do
terreno comprado pela Aldebaram foi encaminhada à
Câmara Legislativa do Distrito Federal quando Maria
de Lurdes Abadia já havia assumido o governo.
A assessoria de imprensa
da Gol foi contatada ontem,
às 16h30, pela reportagem,
mas não retornou até o fechamento desta edição.
Deodemiro Alves Silva,
funcionário administrativo
da Antares, e Gim Argelo, suplente de Roriz no senado,
não foram encontrados pela
reportagem.
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