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Em manifesto, petistas atacam reforma de Lula
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
Os deputados da ala radical do
PT, intelectuais ligados ao partido
e dirigentes de entidades do funcionalismo público divulgaram
ontem um manifesto contra a
condução da reforma agrária pelo
governo federal, a política econômica e a reforma da Previdência.
O texto pede a demissão do ministro Roberto Rodrigues (Agricultura), "representante do latifúndio no governo", redução da
jornada de trabalho sem diminuição dos salário para combater o
desemprego, a suspensão do pagamento da dívida externa e a retirada da reforma da Previdência
do Congresso.
A assessoria do ministro Roberto Rodrigues disse que não comentaria o caso pois ele não foi
informado do manifesto. O ministro está em viagem ao Canadá.
Assinam o "manifesto aos petistas e lutadores sociais, por medidas de urgência contra a fome, para garantir salário, emprego e terra" os deputados federais Babá
(PA), Luciana Genro (RS) e João
Fontes (SE). Entre os intelectuais
petistas estão o economista Plínio
de Arruda Sampaio, o professor
de Filosofia da Unicamp Roberto
Romano, o economista da UFRJ
Reinaldo Gonçalves e o professor
de sociologia da Unicamp Ricardo Antunes.
"O ministro da Agricultura, representante do latifúndio no governo, incentiva a defesa armada
das propriedades rurais. Enquanto isso José Rainha, líder do MST,
é preso, acusado de porte ilegal de
arma e formação de quadrilha",
diz o documento.
Além da redução da jornada de
trabalho, o grupo defende o não-pagamento da dívida externa e o
consequente direcionamento dos
recursos para a construção de casas populares, hospitais e escolas
para combater o desemprego.
Segundo os organizadores,
mais de 1.200 pessoas assinaram o
documento. "O governo teve uma
atitude covarde. Sempre pregou
que ia governar para todos, isso é
uma utopia impossível e reacionária. Não dá para conciliar os interesses de todos em um governo.
Governar é contrariar interesses.
O governo escolheu contrariar os
interesses dos mais fracos", disse
Luciana Genro.
(FK)
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