DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
DA AGÊNCIA FOLHA

O coordenador nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Jaime Amorim, disse ontem que os sem-terra vão se armar para resistir a um novo despejo no engenho Prado, em Tracunhaém (64 km de Recife), autorizado ontem pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco. "Agora, o negócio é se armar. Se não tem outra alternativa, se a Justiça é tão atrasada, então o povo vai ter que buscar formas de combater, porque a violência está declarada", afirmou Amorim.
Principal liderança do MST no Estado, Amorim afirmou que os donos do engenho contrataram 150 pistoleiros para cercar a área e que, se houver morte ou confronto entre pistoleiros, policiais e lavradores, "a culpa será dos juízes, que tomaram uma decisão arcaica, que não condiz com o que vinha sendo discutido". A decisão do TJ-PE foi unânime.
O MST invadiu na manhã de ontem a fazenda Riachão de Dentro, em Lagoa dos Gatos (160 km de Recife). Foi a 26ª invasão do MST em Pernambuco em 2003.
Também na manhã de ontem, cerca de 150 famílias ligadas à Fetape (Federação dos Trabalhadores de Agricultura de Pernambuco) acamparam às margens da fazenda Província, em Inajá (392 km de Recife), para pressionar por sua desapropriação.


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