DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um vazamento hidráulico no Boeing 707 -apelidado de Sucatão- fez com que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva utilizasse o avião reserva para retornar ontem à tarde da viagem de quatro dias à África.
O Ministério da Defesa divulgou uma nota ontem às 21h38 para informar que "técnicos da Força Aérea Brasileira detectaram, durante inspeção de rotina realizada antes do vôo, um vazamento hidráulico na aeronave Boeing 707 (FAB 2401)".
Segundo a nota, neste momento Lula estava a bordo de outra aeronave da Força Aérea Brasileira, um C-130 Hércules, voando da capital do Cabo Verde, Praia, para a Ilha do Sal, onde embarcaria no avião que apresentou a falha.
Por esse motivo, o presidente utilizou a aeronave reserva, um Boeing 737 que também integrava a missão.
O Sucatão ficou em Cabo Verde e os técnicos não sabem se vão encontrar peças de reposição no país ou se elas terão que ser levadas do Brasil.
O governo brasileiro está comprando um novo avião - um Airbus Corporate Jetliner de US$ 56,7 milhões que vai substituir -Sucatão, fabricado em 1958, foi comprado pelo governo da Varig em 86 e passou a servir à Presidência a partir de 1987.
A entrega do novo avião está prevista para dezembro e o governo ainda não pagou todas as parcelas do financiamento.
A principal justificativa do governo para a compra é o fato de que o atual avião presidencial para viagens internacionais está obsoleto e provoca constrangimentos e problemas logísticos a Lula. Vetado em linhas comerciais em vários países pelo nível de ruído e de emissão de gases, o 707 também precisa de mais escalas para viagens. O Airbus, por sua vez, permite ir direto a Paris, por exemplo.
Em 99, uma turbina do Sucatão explodiu em vôo quando servia ao então vice-presidente Marco Maciel, em viagem à China. O jato teve de fazer um pouso de emergência em Amsterdã (Holanda).


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