São Paulo, sexta-feira, 30 de julho de 2004

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INVESTIGAÇÃO

15 auditores são suspeitos

Operação apura grupo por fraude no INSS

DA SUCURSAL DO RIO

Uma suposta quadrilha formada por pelo menos 15 auditores da Previdência Social no Estado do Rio estaria fraudando o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ao computar valores menores para débitos previdenciários de empresas fiscalizadas.
A estimativa inicial, segundo a Superintendência da Polícia Federal no Rio, é que o grupo já causou, no mínimo, prejuízo de R$ 42 milhões nos últimos 12 meses.
Os nomes dos auditores suspeitos e das empresas estão sendo mantidos sob sigilo.
Em ações simultâneas (RJ, MG e RN), força-tarefa formada pela PF, Ministério Público Federal e INSS apreendeu nesta semana documentos de empresas supostamente participantes. Ninguém foi preso. Segundo a delegada Ana Maria Pompilho da Hora, da Deleprev (Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários), um dos integrantes do grupo fraudou 23 ações fiscais. Segundo Hora, o auditor suspeito lançou no sistema do INSS débitos menores do que o devido. Parte da diferença seria embolsada pelos acusados.
O mesmo auditor, diz a delegada, foi responsável pela fiscalização de uma empresa de locação de mão-de-obra na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). A empresa, sob investigação, recusou-se a entregar a documentação contábil ao grupo de refiscalização previdenciária, que apura as fraudes.
Segundo a delegada, as empresas que foram fiscalizadas pelos demais suspeitos de integrarem a quadrilha entregaram normalmente a documentação exigida pelo INSS. Todos os documentos apreendidos até agora estão sendo analisados pelo grupo de refiscalização da Previdência. Ainda não há previsão para a conclusão. (MARIO HUGO MONKEN)


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