São Paulo, sexta-feira, 30 de julho de 2004 |
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TODA MÍDIA Na Vila Maria
NELSON DE SÁ
Está aí por que Eduardo Suplicy é quase unanimidade, se impondo sobre adversários até em seu próprio partido. Em destaque nos jornais populares e no SPTV, lá aparece ele ao lado do rapper e ídolo maior da periferia de São Paulo, Mano Brown. O senador saía da delegacia do parque Santo Antônio junto com o artista, que passou sete horas na cadeia por suposto "desacato". Negro, ele dirigia um Golf com "atitude suspeita", no dizer da polícia (de Geraldo Alckmin), segundo reportagem do "Agora São Paulo". Para Suplicy, os policiais que o prenderam é que são suspeitos de "atitude abusiva". Ao sair, Brown, que jamais havia sido preso, chorou. Juros futuros Da Folha Online à CBN e à Bloomberg, a ata do Banco Central corroeu a cobertura em tempo real, ontem. Aponta juros em alta, não queda. Para piorar, o "Valor" destacou que o recém-indicado diretor "reforça o perfil conservador do BC". É sua marca, na manchete da "Gazeta Mercantil": "Um conservador no BC". Fim do dia, no Valor On Line, a notícia já era "Taxas em alta no mercado de juros futuros". Nada de vender Outra manchete do dia, no JN e Jornal da Record, dizia que "vendas da indústria paulista disparam". Mas não é bom, para a ata. Diz o BC que "os níveis de utilização da capacidade produtiva" estão muito altos. Juros neles. Dois em um A conservadora revista "The Economist" trata do BC e suas agruras, na nova edição. Sublinha no título que é história de "escândalo -e sucesso". Hipocrisia Para Lula, o problema está em outra parte, jamais nos juros. Ele saiu discursando no JN contra a "minoria rica" que, com "práticas comerciais hipócritas", mantém "multidões em extrema pobreza". Camarão Lula, no ataque aos "ricos", reagia à nova barreira às exportações. Agora foram os EUA que impuseram tarifas "ao camarão brasileiro". Foi manchete do JN, atento como nunca ao comércio internacional. Medo Em ano de eleição, o protecionismo avança nos EUA. Foi destaque no "Wisconsin State Journal" uma reportagem, levada pela agência AP a todo o Meio-Oeste, com "as várias respostas à ameaça brasileira". No Brasil, "a terra está sendo tomada por fazendas que produzem a soja e outras sementes mais baratas no mundo". De um entrevistado: - Eles podem nos explodir se cultivarem sua massa de terras. Texto Anterior: 11 sem-terra são presos durante desocupação Índice |
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