São Paulo, quinta, 30 de julho de 1998

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BNDES estima financiar menos do que previa

dos enviados especiais ao Rio

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) estima que financiará menos do que os R$ 1,5 bilhão que previa liberar na privatização da Telebrás. O vice-presidente do banco, José Pio Borges, atribuiu essa estimativa de queda à grande presença do capital estrangeiro nos consórcios vencedores.
O BNDES vai financiar até 50% da entrada que os compradores terão de pagar (40% do valor de compra). Mas esse benefício será dado somente a grupos nacionais.
Dos nacionais vitoriosos, Globopar, Andrade Gutierrez e Splice adiantaram que vão utilizar o empréstimo do BNDES. No caso da Splice, o financiamento ficará restrito a 20% da entrada. Os outros 80% virão de recursos próprios.
Os estrangeiros deverão usar recursos próprios ou captar empréstimos no mercado internacional.
A Telecom Italia, por exemplo, diz que tem recursos próprios de sobra para bancar sua participação. Já a Portugal Telecom vai recorrer a empréstimos junto a bancos portugueses e de outros países.
A MCI fez recentemente um aumento de capital de US$ 2,8 bilhões e vai utilizar os recursos para pagar sua entrada pela Embratel.
Além do BNDES, a Globopar vai lançar mão de recursos do Bradesco, outro integrante do consórcio UGP (União Globopar-Bradesco).
As vencedoras do leilão pagarão suas dívidas da seguinte forma: 40% de entrada e o restante dividido em duas parcelas iguais que vencerão 12 e 24 meses após a transferência do controle.
O ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros, disse que o BNDES vai ter de contribuir "com muito pouco" para o financiamento da privatização.


Colaborou a Sucursal de Brasília



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