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BNDES estima financiar menos do que previa
dos enviados especiais ao Rio
O BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) estima que financiará menos do que os R$ 1,5 bilhão que
previa liberar na privatização da
Telebrás. O vice-presidente do
banco, José Pio Borges, atribuiu
essa estimativa de queda à grande
presença do capital estrangeiro
nos consórcios vencedores.
O BNDES vai financiar até 50%
da entrada que os compradores terão de pagar (40% do valor de
compra). Mas esse benefício será
dado somente a grupos nacionais.
Dos nacionais vitoriosos, Globopar, Andrade Gutierrez e Splice
adiantaram que vão utilizar o empréstimo do BNDES. No caso da
Splice, o financiamento ficará restrito a 20% da entrada. Os outros
80% virão de recursos próprios.
Os estrangeiros deverão usar recursos próprios ou captar empréstimos no mercado internacional.
A Telecom Italia, por exemplo,
diz que tem recursos próprios de
sobra para bancar sua participação. Já a Portugal Telecom vai recorrer a empréstimos junto a bancos portugueses e de outros países.
A MCI fez recentemente um aumento de capital de US$ 2,8 bilhões e vai utilizar os recursos para
pagar sua entrada pela Embratel.
Além do BNDES, a Globopar vai
lançar mão de recursos do Bradesco, outro integrante do consórcio
UGP (União Globopar-Bradesco).
As vencedoras do leilão pagarão
suas dívidas da seguinte forma:
40% de entrada e o restante dividido em duas parcelas iguais que
vencerão 12 e 24 meses após a
transferência do controle.
O ministro das Comunicações,
Luiz Carlos Mendonça de Barros,
disse que o BNDES vai ter de contribuir "com muito pouco" para o
financiamento da privatização.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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