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Dívida do
ICMS é de
operadoras
da Sucursal de Brasília
O ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros (Comunicações) desautorizou ontem o vice-presidente do BNDES, José Pio Borges, para quem a Telebrás assumiria parte da dívida que as "teles" têm
com os Estados referente ao
não-recolhimento do ICMS sobre
a habilitação de linhas telefônicas.
O anúncio de Borges foi feito anteontem, no Rio. "Foi uma avaliação errada do sr. Pio Borges, que
falou uma coisa que não sabe",
disse o ministro.
Mendonça de Barros afirmou
que a União não arcará com nenhuma parcela dessa dívida e que
o recolhimento do ICMS (Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços) será contestado na Justiça pelos compradores da Telebrás.
"Estamos deixando uma base
legal de contestação desse recolhimento, tanto no passado como no
futuro", disse o ministro.
Essa base legal se resume a pareceres jurídicos contra o recolhimento e modelos de ações que podem ser impetradas na Justiça.
Os pareceres argumentam que a
habilitação de uma linha telefônica não caracteriza a prestação de
um serviço. Portanto, a incidência
do ICMS sobre ela não procede.
Anteontem, Pio Borges havia informado que a Telebrás assumiria
uma dívida de R$ 75 milhões (15%
do total devido aos Estados pelo
ICMS não recolhido desde 1993).
A Telebrás continua existindo
após a privatização ocorrida ontem. A estatal será liquidada, o que
pode acontecer ainda neste ano..
(FERNANDO GODINHO)
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