São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 2000


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PAINEL


Mãos à obra
Na surdina, FHC arrumou um jeito de aumentar a verba das emendas parlamentares no período eleitoral, que já alcança cerca de R$ 1 bi. Há duas semanas, assim como quem não quer nada, baixou decreto prorrogando de julho para dezembro o prazo de validade da rubrica "restos a pagar" de 1998. Em fevereiro de 99, essa conta estava em cerca de R$ 500 mi.

Saudades da buchada
FHC mudou de estilo e pretende intensificar suas viagens "populares" pelo país, como fez há pouco em Goiás. Os estrategistas do Planalto decidiram agora que o chefe precisa aparecer mais em trajes informais e menos em companhia de políticos e empresários engravatados. Falta um pouco de populismo a um presidente tão impopular.

Reincidente
O ex-senador Josaphat Marinho (PFL-BA) assinou um parecer em que considera inconstitucional o projeto que proíbe a propaganda de cigarro no país, já aprovado pela Câmara. O jurista é o mesmo que também saiu em defesa do mandato do ex-senador Luiz Estevão, que acabou cassado pelo Senado.

Jornada dupla
Roseana Sarney (MA) vai aparecer no programa de TV de Romeu Tuma, o candidato pefelista a prefeito de São Paulo. A governadora gravou também para o programa de Luiz Paulo Conde (Rio). É uma maneira de manter seu nome em circulação nacional, em fogo brando para a fogueira de 2002, enquanto cuida das eleições no Maranhão.

A conta e o pato
Recado de Emílio Carazzai, presidente da Caixa Econômica Federal, sobre a correção do FGTS com os índices expurgados por planos econômicos: "A sociedade que demanda investimentos em educação e saúde será chamada a pagar a conta na forma de juros mais elevados, maior carga tributária, pior qualidade dos gastos públicos e menor crescimento econômico".


Escravo da fidelidade
Pressionado pelo seu partido, o PTB, Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, aceitou gravar uma mensagem para o programa eleitoral do tucano Geraldo Alckmin. Os principais dirigentes da entidade, no entanto, continuam apoiando Luiza Erundina. Como aliás faz Paulinho, só que na surdina.

Oito anos depois
Elionaldo Magalhães, ex-superintendente da Sudene e um dos homens de confiança de Fernando Collor, está em negociações para comprar a ""Tribuna de Alagoas" -jornal cujo lançamento, por PC Farias, foi o estopim do Collorgate, segundo a versão de Pedro Collor.

Mal das pernas
Luiz Romero Farias, irmão de PC, admite que a família está querendo se livrar do jornal e deixar esse ramo de negócios. "O Elionaldo está muito interessado, mas é uma negociação complicada". O nó são as dívidas: há três anos o jornal não paga seu débito junto ao BNB.

Honra ao mérito
Nenhum candidato de SP receberá em 2000 o tradicional troféu "Porcolino", para os que mais sujam a cidade com propagandas. Em razão da anistia aprovada pelo Congresso às multas eleitorais de 98, os organizadores decidiram entregar o prêmio ao museu do TRE e a ACM, presidente do Congresso.

Visita à Folha
O general da reserva Carlos de Meira Mattos, membro do Conselho Editorial da Biblioteca do Exército, visitou ontem a Folha.

José Ricardo Montoro, candidato a vereador pelo PSDB-SP, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Audálio Dantas e Patrício Bentes, assessores de imprensa.

TIROTEIO

De Jutahy Júnior (PSDB-BA), relator do projeto que proíbe a propaganda de cigarros na Câmara, sobre Edison Lobão (PFL-BA) desistir de relatá-lo no Senado alegando não ter conseguido conciliar os interesses conflitantes em jogo:
- Na Câmara, que é muito maior (são 513 deputados e 81 senadores), sofremos uma pressão desgraçada, mas não nos propusemos a conciliar o interesse de ninguém. Apenas a proteger o interesse da população. E aprovamos o projeto.

CONTRAPONTO

Coligação caipira
Michel Temer (PMDB) esteve sábado passado em Barretos, na Festa do Peão do Boiadeiro. Lá participou como jurado de um concurso de comidas e posou para fotos ao lado de Ronaldo Caiado (ex-presidente da UDR) e Jair Meneghelli (ex-presidente da CUT).
Foi quando notou que a camiseta que vestia, do grupo "Os Independentes", organizador da festa, trazia nas costas o número 45, relativo ao seu 45º aniversário. O mesmo dos tucanos.
Um amigo percebeu e, colocando um adesivo com o número 15, do PMDB, no lado esquerdo do peito do deputado, disse:
- Você está fazendo campanha para o PSDB!
Foi quando, diante da cena insólita, outro assessor disparou:
- É prenúncio de 2002! Temer guardará o 15 no coração, levará o PSDB nas costas, terá à direita o PFL do Caiado e à esquerda o PT do Meneghelli!!!


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