São Paulo, quarta-feira, 30 de agosto de 2006

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Economistas vêem programa sem mudanças

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado financeiro deu pouca importância ao novo programa de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição.
A Folha conversou com dois economistas e um diretor de banco de investimentos. Eles foram unânimes em dizer que o documento é mais um apanhado de promessas do que um indicador de mudanças.
Já o diretor-executivo da BDO Trevisan, Luiz Guilherme Piva, acredita que o texto do PT definiu as prioridades do presidente numa eventual recondução ao cargo: desenvolvimento, distribuição de renda e educação.
"Se reeleito, Lula terá espaço e condições para manter a redução dos juros reais e viabilizar investimentos em logística e infra-estrutura", disse Piva. "A inflação está sob controle, o quadro internacional é sereno, a legislação e o marco regulatório das PPPs estão prontos. Isso vai impulsionar investimentos e crescimento, permitindo maior folga fiscal e a orientação pela inclusão social nas políticas públicas."
O programa defende a engorda "substancial" dos investimentos públicos, fortalecimento das estatais, redução das taxas de juros e da carga tributária. Com exceção de algumas promessas, Lula "não ofereceu propostas e medidas concretas", criticou o jornal econômico inglês Financial Times.
A Febraban não quis comentar o programa. Fiesp e Associação Brasileira da Infra-Estrutura e das Indústrias de Base não haviam respondido até o fechamento desta edição. (JANAÍNA LEITE)


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