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Economistas vêem programa sem mudanças
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado financeiro deu
pouca importância ao novo
programa de governo do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, candidato à reeleição.
A Folha conversou com
dois economistas e um diretor de banco de investimentos. Eles foram unânimes em
dizer que o documento é
mais um apanhado de promessas do que um indicador
de mudanças.
Já o diretor-executivo da
BDO Trevisan, Luiz Guilherme Piva, acredita que o texto
do PT definiu as prioridades
do presidente numa eventual recondução ao cargo:
desenvolvimento, distribuição de renda e educação.
"Se reeleito, Lula terá espaço e condições para manter a redução dos juros reais
e viabilizar investimentos
em logística e infra-estrutura", disse Piva. "A inflação
está sob controle, o quadro
internacional é sereno, a legislação e o marco regulatório das PPPs estão prontos.
Isso vai impulsionar investimentos e crescimento, permitindo maior folga fiscal e a
orientação pela inclusão social nas políticas públicas."
O programa defende a engorda "substancial" dos investimentos públicos, fortalecimento das estatais, redução das taxas de juros e da
carga tributária. Com exceção de algumas promessas,
Lula "não ofereceu propostas e medidas concretas",
criticou o jornal econômico
inglês Financial Times.
A Febraban não quis comentar o programa. Fiesp e
Associação Brasileira da Infra-Estrutura e das Indústrias de Base não haviam respondido até o fechamento
desta edição.
(JANAÍNA LEITE)
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