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OUTRO LADO
Governo diz que obra suspeita não recebeu recurso
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os ministérios dos Transportes e da Integração Nacional, que concentram quase a
totalidade dos empreendimentos com suspeita de irregularidades, informaram que não
houve liberação de recursos
para as obras listadas no documento entregue ontem ao Congresso pelo TCU (Tribunal de
Contas da União).
O ministro dos Transportes,
Anderson Adauto, afirmou
que está trabalhando em parceria "afinada" com o tribunal
para procurar corrigir eventuais problemas.
"A diferença em relação ao
governo passado é a preocupação na aplicação dos recursos.
Sabemos que o tribunal tem
um levantamento devastador
em cima do Dnit [Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes]. Estamos focando as vulnerabilidades", afirmou Adauto.
De acordo com o ministro, as
correções vão na linha de não
começar obras sem projeto,
não usar materiais de segunda
categoria, não pulverizar recursos e melhorar a fiscalização.
"Temos a preocupação de
não tocar nenhuma obra em
que haja suspeita", acrescentou. Segundo o ministério, não
houve, em uma primeira checagem, confirmação de concessão de ordem de serviço para
nenhuma das obras apontadas
no relatório do TCU.
O chefe de gabinete do ministro Ciro Gomes (Integração
Nacional), Pedro Brito, também declarou que não houve liberação de nenhum valor para
obras suspeitas que são de responsabilidade do ministério.
A Folha tentou entrar em
contato com o relator do Orçamento 2004, deputado federal
Jorge Bittar (PT-RJ), mas não
obteve resposta até o fechamento desta edição.
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