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Salários maiores
sofrem retração
mais acentuada
DA SUCURSAL DO RIO
Se o rendimento médio
real do trabalho como um
todo caiu 7,4% de 2002 para
2003, a perda foi maior para
os brasileiros com maiores
salários, mostra a Pnad. Na
comparação entre os dois
anos, a perda real foi de 8,1%
entre os 50% das pessoas
empregadas com os maiores
rendimentos. Para os rendimentos reais dos 50% com
as menores remunerações a
queda foi de 4,2%.
Segundo o IBGE, a diferença se explica principalmente pelo fato de o salário
mínimo ter apresentado ganho real de 2,1% em 2003 em
relação ao ano anterior. Prova disso é que, na distribuição dos rendimentos, só o
segmento das pessoas que
ganhavam entre um e dois
salários mínimos não apresentou perda real.
É bom frisar que o levantamento leva em conta os rendimentos de trabalho, ou seja, aqueles provenientes exclusivamente da ocupação
da pessoa, sem contar a renda obtida em aplicações financeiras, aluguel de imóveis e aposentadoria.
Como conseqüência da
maior perda dos que recebiam maiores rendimentos,
a concentração de renda diminuiu no Brasil em 2003.
Entre os ocupados, os 10%
com maiores rendimentos
ficaram com 49% do total
das remunerações do trabalho em 93, contra 45,3% em
2003. Os 10% com menores
rendimentos ficaram com
0,7% em 93 e 1% em 2003.
Por isso, o índice Gini da
distribuição de rendimentos
do trabalho apresentou tendência de queda -0,555 em
2003, o mais baixo resultado
desde 1981. O índice varia de
zero a um. Quanto mais próximo de zero, menor é a concentração de renda.
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