São Paulo, terça-feira, 30 de setembro de 2008

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ELEIÇÕES 2008 / SP

Candidatos voltam a inflar números em debate na TV

Kassab não revela déficit real de vagas em creches

FLÁVIO FERREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

No debate de anteontem da TV Record o prefeito Gilberto Kassab (DEM) não revelou o número real de déficit de vagas nas creches do município e Marta Suplicy (PT) apresentou mais uma vez um número inflado sobre os quilômetros de corredores de ônibus construídos em sua gestão, de 2001 a 2004. O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) voltou a fugir do debate sobre os ataques da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) ocorridos no Estado em 2006.
Anteontem, Kassab afirmou que faltam 80 mil vagas em creches na capital, ao contestar Alckmin, que disse que o número do déficit é de 110 mil.
Os registros da Secretaria Municipal de Educação mostram que até junho havia 110.091 pedidos de vagas cadastrados para creches na cidade.
O secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, disse que Kassab usou um número estimado de déficit. Segundo Schneider, é provável que cerca de 30 mil mães tenham procurado vagas para crianças que ainda não atingiram a idade para ingressar nas creches, que é de cinco meses.
O prefeito da capital voltou a dizer que as escolas de ensino fundamental atualmente contam com dois professores em sala de aula na 1ª série. Porém, na verdade são estudantes universitários de cursos ligados à educação que estão trabalhando nas salas de aula municipais.
Marta voltou anteontem a afirmar que durante a administração dela foram construídos 100 quilômetros de vias exclusivas para coletivos na capital.
Porém, foram efetivamente construídos 67 quilômetros durante a gestão petista. Para Marta, 35 quilômetros de corredores que passaram por reformas significativas também devem ser incluídos na conta das construções.
Já Alckmin, a exemplo do que ocorreu na sabatina da Folha e em debate da TV Bandeirantes, não enfrentou anteontem o tema dos ataques do PCC de 2006. Ao ser indagado sobre o assunto, o tucano limitou-se a apresentar estatísticas e não debateu sobre o fortalecimento da facção nos presídios paulistas durante o período em que foi governador, de 2001 a 2006.


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