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PARÁ
150 pessoas são libertadas de situação análoga à escravidão
DA AGÊNCIA FOLHA
O grupo móvel da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Pará libertou ontem 150 pessoas,
entre elas 30 crianças, de
uma indústria de processamento de cacau em Placas
(1.127 km de Belém).
Todas as crianças estão
doentes, com leishmaniose
-enfermidade transmitida
por um mosquito e que deixa
lesões na pele. Uma ficou cega em um acidente de trabalho, ao cair com o rosto em
um toco de árvore. Elas têm
de 4 a 17 anos.
O resgate, que teve início
há dez dias, ainda não foi
concluído porque o local é de
difícil acesso.
De acordo com o chefe da
fiscalização, José Ribamar
da Cruz, o grupo vivia em
péssimas condições de habitação, alimentação e higiene
e estava impedido de deixar o
local em razão de dívidas
contraídas, o que caracteriza
situação análoga à escravidão. O dono da empresa, de
80 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Federal. A
Folha não conseguiu entrar
em contato com o advogado
dele.
(THIAGO REIS)
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