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outro lado
Toffoli diz que não se lembra de conversa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O advogado-geral da União,
José Antonio Dias Toffoli, disse, por meio de sua assessoria,
que "não tem lembrança de ter
feito a indicação" de advogado
para defender Silas Rondeau.
Por essa razão, não comentou
as declarações do ex-ministro
gravadas pela Polícia Federal.
Toffoli afirmou ainda que, se
a indicação realmente foi decidida na Casa Civil, cabe ao órgão da Presidência República
se manifestar sobre o caso.
Também por meio de assessoria, a Casa Civil declarou à
Folha que "não indicou nem
aprovou qualquer advogado
para o ex-ministro".
A assessoria acrescentou: "O
ex-ministro jamais esteve na
Casa Civil para discutir suas
questões junto à Justiça".
Silas disse que também não
se lembra da conversa com Toffoli, mas não descarta que ela
tenha ocorrido. "Se eu o encontrei, deve ter sido na antessala
do presidente [da República]
ou naquelas imediações. Reunião formal, eu acredito que
não... Se um negócio desse estoura, ele está no meu círculo
de consulta, sim, mas não é o
principal", afirmou Silas.
Com relação à secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, que aparece em
grampo da Polícia Federal conversando com ele sobre sua defesa, Silas disse que "é uma advogada a quem eu sempre recorria". "Ela é oriunda da Eletronorte, que é minha origem,
era da consultoria jurídica do
Ministério de Minas e Energia,
depois foi ser secretária-executiva da Casa Civil. Eu sempre tive um canal com ela."
Silas negou, porém, ter recebido orientação de Erenice. Segundo ele, sua defesa "não era
um assunto do governo".
O ex-ministro disse ainda
que escolheu o advogado José
Gerardo Grossi para defendê-lo porque tinha "seu estilo" e
por ser "católico ortodoxo".
Grossi disse não saber que
sua indicação tenha partido de
Toffoli. "Às vezes, troco telefonemas com o Toffoli, tenho trocado alguns. Mas desse [caso],
eu realmente não me lembro de
ele ter telefonado ou de eu ter
telefonado", afirmou.
Segundo Grossi, "é muito comum nos meios partidários,
nos grupos que compõem o governo, que, [se] um de nós [alguém] tem problemas, [...] precisa constituir um advogado.
Uma vez ou outra eu sei, por
ouvir dizer, que a pessoa me indicou (...) Isso é corriqueiro na
nossa vida [de advogado]".
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