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São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 2003

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PT e PSDB trocam farpas e ironias durante sessão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A votação do texto-base da reforma tributária, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado ontem, foi palco de um embate em que PT e PSDB protagonizaram a inversão de seus discursos históricos, culminando com uma piada do líder tucano, Arthur Virgílio (AM): "O senador [Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do governo no Senado] parece estar na TPR, uma tensão pré-reformas".
Em sua proposta de reforma alternativa à do relator Romero Jucá (PMDB-RR) -que integra a base de apoio ao governo-, Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse que há, historicamente, um aumento da carga tributária no país. O crescimento estaria sendo sustentada pela gestão petista.
O líder do governo refutou, afirmando que o governo não aumentou impostos. Tasso retrucou, declarando-se "profundamente decepcionado" com Mercadante, porque o petista teria transformado o debate sobre a reforma tributária "em uma coisa pequenininha".
Mercadante, desqualificando o que chamou de "agressões" e "intimidações", disse que, "com a tese do "não me agrada, eu não voto'", o processo não avançaria.
De intervenção em intervenção, quase às 13h, o senador Efraim Morais Morais (PFL-PB) pediu a suspensão da sessão, por "motivos familiares". Entenda-se: almoço.
Mercadante tentou condicionar o intervalo ao compromisso de votar o relatório de Jucá até as 15h30, hora em que os senadores debateriam em plenário a reforma tributária. Foi criticado e seguiu para o almoço. A votação simbólica na CCJ acabou ocorrendo às 15h33.


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