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São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 2003

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Brizola sugere que Ciro deixe ministério

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do PDT, Leonel Brizola, defendeu ontem que o ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, deixe o cargo em razão das denúncias de que o PT montou na campanha eleitoral do ano passado um grupo sigiloso para desestabilizar adversários.
Segundo reportagem da revista "Veja", o grupo teria trabalhado para, entre outros objetivos, trazer à tona dossiês que abalassem a candidatura do então vice de Ciro, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, da Força Sindical.
"A opinião pública brasileira, no fundo, diante desse escândalo, esperaria é que o senhor Ciro Gomes depusesse esse cargo que exerce no governo Lula", disse Brizola. A assessoria do Ministério da Integração Nacional informou que "tudo o que o ministro tinha a declarar a respeito já declarou, inclusive para a Folha", referindo-se aos comentários de Ciro sobre a "Veja", e não sobre as declarações de Brizola, feitas ontem em São Paulo.
O Sindicato dos Condutores em Transporte de Cargas Próprias de São Paulo, com 4.000 filiados, desligou-se ontem da Força Sindical, em repúdio à decisão de Paulinho de se afastar do governo e da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Especula-se que outros 20 pequenos e médios sindicatos façam o mesmo até fim do ano.
Paulinho, pré-candidato a prefeito de São Paulo, divulgou que vai interpelar o consultor sindical Wagner Cinchetto, autor de denúncias contra ele em 2002, e pedir à Procuradoria Geral da República que tome providências.
Cinchetto disse ontem que responderá a Paulinho "na Polícia Federal", a qual prometeu entregar em São Paulo, até amanhã, um "dossiê" com "acusações" de que Paulinho teria colaborado com a gestão do sindicato dos motoristas de ônibus da capital, hoje sob investigação policial.


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