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Brizola sugere que Ciro deixe ministério
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente do PDT, Leonel
Brizola, defendeu ontem que o
ministro da Integração Nacional,
Ciro Gomes, deixe o cargo em razão das denúncias de que o PT
montou na campanha eleitoral do
ano passado um grupo sigiloso
para desestabilizar adversários.
Segundo reportagem da revista
"Veja", o grupo teria trabalhado
para, entre outros objetivos, trazer à tona dossiês que abalassem a
candidatura do então vice de Ciro, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, da Força Sindical.
"A opinião pública brasileira,
no fundo, diante desse escândalo,
esperaria é que o senhor Ciro Gomes depusesse esse cargo que
exerce no governo Lula", disse
Brizola. A assessoria do Ministério da Integração Nacional informou que "tudo o que o ministro
tinha a declarar a respeito já declarou, inclusive para a Folha",
referindo-se aos comentários de
Ciro sobre a "Veja", e não sobre as
declarações de Brizola, feitas ontem em São Paulo.
O Sindicato dos Condutores em
Transporte de Cargas Próprias de
São Paulo, com 4.000 filiados, desligou-se ontem da Força Sindical,
em repúdio à decisão de Paulinho
de se afastar do governo e da CUT
(Central Única dos Trabalhadores). Especula-se que outros 20
pequenos e médios sindicatos façam o mesmo até fim do ano.
Paulinho, pré-candidato a prefeito de São Paulo, divulgou que
vai interpelar o consultor sindical
Wagner Cinchetto, autor de denúncias contra ele em 2002, e pedir à Procuradoria Geral da República que tome providências.
Cinchetto disse ontem que responderá a Paulinho "na Polícia
Federal", a qual prometeu entregar em São Paulo, até amanhã,
um "dossiê" com "acusações" de
que Paulinho teria colaborado
com a gestão do sindicato dos
motoristas de ônibus da capital,
hoje sob investigação policial.
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