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JUSTIÇA
Márcio Chaves, do PT, é acusado de utilizar a máquina administrativa na eleição; ele aguarda análise do recurso no TSE
Em Mauá, juíza decide que candidato do PV será futuro prefeito
DO "AGORA"
A dois dias do segundo turno, a
juíza eleitoral de Mauá (Grande
São Paulo), Ida Inês Del Cid,
anunciou o cancelamento das
eleições na cidade e declarou como prefeito eleito o candidato do
PV à prefeitura, Leonel Damo.
Damo, que ficou em segundo
lugar no primeiro turno, com
79.584 votos, concorria com o petista Márcio Chaves (91.910 votos). Segundo a última pesquisa
Brasmaket, Chaves tinha uma
vantagem de seis pontos percentuais sobre o candidato verde.
O advogado Daniane Furtado,
que representa Chaves, disse que
a realização do segundo turno
evitará um prejuízo maior, porque, se o TSE mantiver a decisão,
a vitória será do adversário. Entretanto, se Chaves for vitorioso, e
o TSE recuar na cassação, ele poderá assumir o cargo.
A decisão foi tomada um dia
após o Tribunal Superior Eleitoral
cassar, por 4 votos a 3, a candidatura de Chaves, atual vice-prefeito. O tribunal avaliou que a Lei
Eleitoral foi violada quando Chaves usou um evento público, uma
exposição promovida pela prefeitura, para promoção pessoal.
Antes do pronunciamento da
juíza, feito às 18h30, os advogados
do petista já haviam entrado com
recurso no STF (Supremo Tribunal Federal). O pedido ainda pode
ser julgado hoje. Caso o STF conceda a liminar que assegure a eleição, a decisão final sobre sua impugnação deverá ser postergada.
"A decisão oficial é a proclamação do candidato eleito [Damo]
devido à cassação do primeiro colocado. Nesse caso, não haverá
eleições no domingo, a não ser
que o STF conceda a liminar para
que ocorra o segundo turno", disse a juíza Ida Inês Del Cid.
Chaves disse ontem, porém, estar otimista. "Tenho a convicção
de que não usei a máquina administrativa." Já o candidato do PV
disse esperar que a decisão seja
mantida. "Esperamos a posição
da Justiça para garantir a vitória."
O presidente nacional do PT,
José Genoino, classificou de "absurda" a decisão do TSE sobre a
candidatura petista em Mauá.
O ministro-chefe da Casa Civil,
José Dirceu, endossou as críticas.
"É completamente ilegal."
Colaborou a Reportagem Local
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