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VITÓRIA
Candidato do PSDB "paulistaniza" disputa com PT na capital capixaba
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM VITÓRIA
Correndo contra o tempo para
tirar a vantagem do PT na disputa
pela Prefeitura de Vitória, o candidato do PSDB, César Colnago,
procura "paulistanizar" a campanha, acusando o seu rival, o petista João Coser, de se aliar ao PP de
Paulo Maluf (SP).
O clima da disputa é carregado,
com ataques disparados pelos
dois lados desde o primeiro turno. Antes era Coser quem mais
batia, agora é Colnago. A posição
nas pesquisas determina quem
ataca -a do Ibope aponta o petista com 52% das intenções de voto,
contra 35% do tucano.
O PSDB liga o apoio de Maluf à
petista Marta Suplicy, em São
Paulo, ao apoio que Coser recebe
agora de Nilton Baiano, candidato do PP derrotado no primeiro
turno. Colnago critica propostas
do rival, como a construção de
um metrô na região metropolitana, dizendo que elas "atenderiam
mais aos empreiteiros do que à
população, ao estilo malufista".
Os tucanos capixabas, liderados
pelo prefeito de Vitória, Luiz Paulo Vellozo Lucas, comandante da
campanha de Colnago, são afinados com o PSDB paulista. Ex-integrante do governo FHC, Lucas foi
coordenador da campanha de José Serra a presidente.
Colnago acha que as críticas estão tendo efeito. No intervalo de
12 dias entre as duas últimas pesquisas do Ibope, a diferença caiu
de 25 para 17 pontos percentuais.
Coser se mantém tranqüilo,
apesar de a diferença ter caído oito pontos. Segundo ele, sua vantagem se deve ao que ele chama de
"propostas de médio prazo para a
cidade do futuro, mais moderna",
com obras de maior impacto.
"Vamos mesclar o cotidiano com
o futuro", disse o petista.
Seria esse o motivo do ataque.
Para Coser, o PSDB "se nega a
pensar no futuro", preferindo administrar "apenas cuidando dos
jardins e das praças". E concluiu:
"Para eles, metrô é um detalhe. A
população se cansou disso".
Mas o petista diz manter a preocupação com a desigualdade social na cidade. Disse que as duas
coisas vão caminhar juntas.
Uma eventual vitória de Coser
significará o reerguimento do PT
no Espírito Santo. Há sete anos,
quando governava o Estado, Vitor Buaiz deixou o partido por
causa de uma disputa interna no
PT, o que trouxe prejuízos eleitorais à legenda. O PT era contra as
privatizações e demissões encaminhadas por Buaiz. Coser fazia
parte daquele "PT do contra".
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