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Relação de petistas com
a ilha é antiga
DA REDAÇÃO
A relação de petistas com
Cuba vem de longa data. Foi na
ilha, por exemplo, que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu
(PT-SP) se exilou, de 1969 a
1975. Mais de uma vez, o deputado disse ter uma "dívida de
gratidão" com o país.
Dirceu rumou para Cuba
após ter sua liberdade trocada
pela do embaixador americano
sequestrado Charles Elbrick.
No ano passado, o solo cubano foi o destino das férias de 11
dias de Dirceu e do ex-presidente da Câmara João Paulo
Cunha (PT-SP). Foi recepcionado por Sérgio Cervantes, a
quem conheceu na década de
60, e que, segundo reportagem
da revista "Veja", teria intermediado o repasse de US$ 3
milhões de Cuba, destinados a
financiar a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Cervantes serviu como diplomata cubano no Brasil e foi a
primeira autoridade a tratar
com o governo brasileiro do
reatamento das relações diplomáticas entre Brasil e Cuba, em
1986. Lula e Cervantes também
se conhecem há décadas, desde
o tempo de movimento sindical, no ABC paulista.
Em 2003, quando esteve em
viagem oficial a Cuba, Lula recebeu críticas por não ter incluído nos discursos a questão
dos direitos humanos -o governo de Fidel é acusado de prisões e execuções arbitrárias de
dissidentes políticos, artistas e
jornalistas. O governo afirmou
que o tema foi tratado reservadamente com o cubano. Na
Comissão de Direitos Humanos da ONU, a gestão Lula não
tem apoiado resoluções que
condenem Cuba por violações.
Em novembro de 2004, Lula
defendeu a "ampliação do diálogo" dos países latino-americanos com Cuba, que chamou
de "nação-irmã", em reunião
do Grupo do Rio.
Revolução
Desde 1959, Cuba vive em um
regime totalitário comandado
por Fidel Castro. A Revolução
Cubana pôs fim ao governo
pró-EUA de Fulgêncio Batista e
deu início a um amplo programa de reformas. A reação americana foi imediata. Isolada política e economicamente, Cuba
aproximou-se da URSS e transformou-se no primeiro país socialista da América.
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