São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 2008

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outro lado

Para diretor de programa, meta foi "extremamente ousada"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Diretor do programa Luz para Todos, Hélio Morito diz que, apesar de não ter sido atingida, a meta de atender 2 milhões de famílias até o final deste ano foi "extremamente ousada".
"Para nós que estávamos construindo o programa na época [em 2003], a estimativa era que o número de 2 milhões [de famílias] seria factível até 2010, e não 2008. Então, foi uma meta [até 2008] extremamente ousada", afirma Morito.
Segundo ele, 2008 foi um ano complicado para o programa por conta da demanda alta diante de alguns entraves, como a falta de mão-de-obra especializada e a desmobilização de empresas do setor.
"A indústria que antigamente entregava os equipamentos e materiais com 30 dias hoje demora 90 dias, mais ou menos, para entregar esse mesmo material, porque a demanda cresceu demais", disse Morito. "Eu não sei se existe interesse da indústria nacional de ampliar a sua indústria para uma coisa que tem tempo para acabar."
Segundo ele, contestações no Tribunal Superior Eleitoral sobre a assinatura de contratos em ano eleitoral atrasaram alguns projetos em até 30 dias.
A pasta prevê, para 2010, dificuldades para levar energia às casas restantes. Isso porque a maioria delas está em locais isolados da região Norte -os chamados "ossos" do programa. O norte de Minas Gerais e trechos do Nordeste devem ser atendidos em 2009.
Além disso, enquanto cruza dados da demanda cadastrada com o recente censo agropecuário do IBGE, o Ministério de Minas e Energia admite que a marca de 3,2 milhões de ligações pode ser ampliada. Mas, caso isso ocorra, sobrará para o próximo presidente da República. "Nós vamos cumprir a nossa meta e, em respeito ao próximo presidente, que ele defina pela continuidade ou não do programa." (ES)


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