|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Mendes diz que CNJ vai criar "Siafi do Judiciário"
Sistema permitiria acompanhamento
de gastos da Justiça em todo o Brasil
De acordo com presidente
do Supremo, medida de
fiscalização dos tribunais
estaduais deve ser aprovada
por conselho até o fim do ano
FLÁVIO FERREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro
Gilmar Mendes, anunciou ontem que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) prepara uma
resolução para criar o "Siafi do
Poder Judiciário", que deve ser
aprovada até o final deste ano.
O Siafi (sistema que permite
o acompanhamento de gastos
do governo) reúne informações
sobre as contas de todos os órgãos do Poder Executivo federal e dos tribunais federais do
país, inclusive o Supremo. Implantada em 1987, é uma ferramenta que possibilita o controle das contas da União e dá
transparência à gestão dos recursos públicos.
Segundo Mendes, que também preside o CNJ, a proposta
em discussão no conselho prevê que todos os órgãos das Justiças estaduais e da Justiça Federal revelem as suas despesas
no novo sistema.
O objetivo da medida é evitar
distorções orçamentárias nas
Justiças dos Estados. Inspeções do CNJ em tribunais do
país constataram, por exemplo,
que sobra dinheiro nas cortes
de 2ª instância e faltam recursos básicos, como equipamentos, nas varas de 1ª instância.
Mendes disse que a expectativa é que a resolução sobre o
tema seja complemente implementada até o final do ano que
vem. "Este é um modelo complexo e vamos depender das informações que serão passadas
pelo judiciário de cada estado,
mas isto envolve uma nova atitude".
O ministro aproveitou a
abertura do 20º Congresso da
AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), que tem como tema a "gestão democrática"
do Judiciário, para apresentar a
proposta. O encontro reúne em
São Paulo cerca de 1.800 juízes
de todo o país .
Hoje, os magistrados no
evento vão divulgar uma proposta de emenda constitucional que instituiu critérios objetivos para escolha dos membros do STF e tribunais superiores. Atualmente, os ministros são escolhidos livremente
pelo presidente da República.
Texto Anterior: Opinião: Foro especial não se confunde com privilégio Próximo Texto: Senado vai cortar funcionários comissionados, mas após 2010 Índice
|