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Senado vai cortar funcionários comissionados, mas após 2010
Número desses servidores por gabinete, que hoje pode chegar a 79, será de 25
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A reforma administrativa do
Senado estabelece só para 2011
o corte de funcionários comissionados (contratados sem
concurso). Com isso, senadores
que disputarem a eleição em
2010 manterão intacta a estrutura que detêm em Brasília e
nos Estados de origem. Divididos, os cargos podem chegar a
até 79 pessoas por gabinete
-ficarão reduzidos a 25.
No ano que vem, estarão em
jogo 54 das 81 vagas de senadores. A maioria tentará a reeleição. Para tanto, eles contam
com seus funcionários de gabinete que não precisam dar expediente em Brasília e atuam
na prática como cabos eleitorais. Neste ano, a Mesa Diretora (cúpula decisória do Senado)
autorizou oficialmente o uso de
comissionados nos Estados.
Até então, não havia uma regra clara. Mesmo os funcionários nomeados nos gabinetes
da Mesa e nas lideranças partidárias podiam dar expediente
nos Estados. Ontem, o Senado
voltou atrás na decisão de permitir o uso nos Estados de três
funcionários de setores administrativos. Agora, só estão liberados os dos gabinetes.
Prometida após uma série de
denúncias de irregularidades
ainda no início deste ano, a reforma administrativa foi apresentada ontem como projeto
de resolução. Para entrar em
prática, precisará ser aprovada
em plenário. Sarney deu prazo
de 15 dias para análise dos senadores. O número de diretorias será reduzido de 180 para 7.
O texto da reforma é fruto de
uma proposta da FGV que custou R$ 250 mil ao Senado.
Um dos principais acusados
de envolvimento nas irregularidades que levaram à reforma,
o ex-diretor de Recursos Humanos João Carlos Zoghbi foi
demitido ontem por corrupção.
A medida foi tomada pela Mesa
após processo administrativo
conduzido por uma comissão
de servidores. A defesa pretende recorrer da decisão.
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