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Serra vê PSDB afinado; Aécio espera nova uma proposta
DA SUCURSAL DO RIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO
HORIZONTE
O governador de São Paulo,
José Serra (PSDB), disse ontem
no Rio que os governadores tucanos estão "afinados" em relação à prorrogação da CPMF.
Ele evitou se posicionar abertamente sobre o tema, mas a governadora gaúcha, Yeda Crusius, citada por Serra, lidera
movimento a favor do tributo.
Para Serra, a prorrogação da
CPMF é um "problema relevante": "O Aécio [Neves, governador de Minas Gerais] e eu,
que temos uma posição afinada, Cássio Cunha Lima [Paraíba], Yeda Crusius e Teotônio
Vilela [Alagoas] estamos discutindo internamente essa questão com a bancada do Senado."
"Nós temos, os governadores
do PSDB todos, um entendimento a esse respeito. Estamos
discutindo dentro do partido",
disse. Questionado sobre uma
eventual perda de recursos por
parte dos Estados, ele afirmou
que "poderia discutir longamente sobre o assunto": "Eu
não tenho dado declarações fora das reuniões da bancada e
pretendo me manter assim".
Serra esteve no Rio para assinar convênios com o governo
fluminense sobre matérias de
interesse fazendário. Ao lado
de Serra, o governador do Rio,
Sérgio Cabral Filho (PMDB),
defendeu mais uma vez a
CPMF: "O país está quase alcançando o grau de investimento nas agências internacionais. Não podemos brincar com
o equilíbrio fiscal", declarou.
O convênio de ontem permitirá que o ICMS de produtos
farmacêuticos e rações animais
que chegam ao Rio sejam cobrados em São Paulo quando
este Estado for o produtor.
Nova proposta
Já o governador Aécio Neves
(PSDB) disse que, se o governo
federal reformular a sua proposta, beneficiando Estados e
municípios, as negociações sobre a CPMF poderão ser reabertas com os Executivos estaduais: "Essas conversas só podem haver se o governo federal
apresentar uma disposição clara de reformular de forma profunda essa proposta. Portanto,
enquanto não houver isso, não
há por que o PSDB negociar".
"Os senadores é que em última instância tomarão essa decisão. Caberá a eles votar. Mas
obviamente os governadores,
enquanto instância partidária,
estarão discutindo isso", disse.
"Se o governo achar que pode
antecipar fortemente o cronograma dos investimentos da
saúde, transferindo esses recursos para Estados e municípios, avançar na desoneração
de alguns tributos, a transferência de algumas questões, de
algumas responsabilidades
maiores para Estados e municípios, como na questão rodoviária, acho que devemos estar
atentos para discutir."
Aécio, que desde o primeiro
momento da discussão se mostrou favorável à prorrogação da
CPMF, disse ser necessário que
o Planalto faça "gestos claros".
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