São Paulo, sexta-feira, 30 de novembro de 2007

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Operação do Ibama fecha garimpos ilegais na divisa entre SP e Minas

Antônio Marques Silva, presidente da cooperativa autuada, diz que vai recorrer

DANIELLE CASTRO
ENVIADA ESPECIAL A GUARACI

Uma megaoperação do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis) para fechar garimpos ilegais de diamantes e pedras preciosas na divisa entre São Paulo e Minas Gerais resultou na apreensão de 26 balsas no rio Grande, perto da represa de Marimbondo, e na autuação de 55 pessoas.
Intitulada Diamante Rosa, a operação de dois dias teve início anteontem, mas estava sendo planejada há mais de 20 dias -os agentes chegaram a visitar o local a paisana para conhecer hábitos dos garimpeiros e filmar a extração ilegal.
Os garimpeiros foram autuados por crime ambiental e por usurpação de bem da União (mineração irregular). Todos tiveram que prestar depoimento à PF (Polícia Federal) e, segundo o Ibama, foram notificados como depositários (responsáveis) dos bens apreendidos. Quatro deles foram presos por tentativa de fuga e 15 termos circunstanciados de ocorrência foram encaminhados à Delegacia da PF em Ribeirão Preto.
A PF apreendeu 230 pedras preciosas, sendo sete diamantes. Os garimpeiros são membros da Coopergrande (Cooperativa Mista do Baixo Vale do Rio Grande), que foi multada em R$ 9 milhões. Essa é a segunda vez que os cooperados são multados por atuarem fora da área de extração legal (que tem cerca de 1 mil hectares). Na primeira vez, a multa foi de R$ 1,5 milhão, segundo o Ibama.
A licença da cooperativa, que havia sido renovada no primeiro semestre, foi suspensa. O presidente da Coopergrande, Antônio Marques Silva, disse que a operação foi "um elefante em cima de uma formiga" e que deve recorrer.
Silva reconheceu que havia balsas fora do perímetro autorizado, mas disse que eram poucas. Luis Antônio Gonçalves de Lima, coordenador estadual de fiscalização do Ibama, afirmou que as embarcações estavam a cerca de 7 quilômetros da área legal de extração e disse que o garimpo ilegal, além dos danos ambientais, reforça os problemas sociais.


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