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Faixas pró-Lula geram polêmica em Brasília
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Por iniciativa do PT, foram
colocadas ontem em espaços
públicos de Brasília faixas com
as inscrições "Lula presidente"
e "Tome posse do Brasil". O
conteúdo polêmico levou a sigla a retirá-las menos de 24 horas depois de terem ido às ruas.
A idéia partiu do comitê do
PT que organiza a posse do presidente. Foram impressas, segundo o partido, entre 30 e 40
faixas, a um custo de R$ 50 cada. Elas foram distribuídas pela
cidade na madrugada de ontem. Ao lado das inscrições,
aparecem informações como o
horário e local das festividades.
O PT argumenta ter sido mal
interpretado. Segundo José
Zunga Alves de Lima, da diretoria do partido no Distrito Federal, e membro do comitê da
posse, a intenção era se referir
ao povo, não ao presidente. A
mensagem, para os petistas, era
de um "chamamento" da população, para que o povo "tomasse
posse" do Brasil.
"A intenção não passava nem
de longe por isso que estão dizendo", afirmou Zunga.
Integrantes da própria legenda consideraram a mensagem
equivocada. Foi a partir do alerta de petistas que o partido decidiu retirar as faixas.
Integrantes de legendas oposicionistas repudiaram o texto,
classificando-o de autoritário e
inoportuno.
"É a atuação dos aloprados. É
exatamente o que esse pessoal
pensa, fazer desse país um
quintal exclusivo deles. Parece
fogo de artifício soltado fora de
época", criticou o senador Heráclito Fortes (PFL-PI).
Para o deputado Gustavo
Fruet (PSDB-PR), o PT cometeu um "ato falho". "Não é nem
anti-republicana. É anti-Lula
[a mensagem]", disse.
Além das faixas, o PT distribuiu pela cidade cartazes com a
inscrição "2º Governo, um novo começo - Acelerar, Crescer,
Incluir". Também foram impressos cerca de 1 milhão de
"convites", com a programação
da festa da posse.
O PT deve divulgar hoje oficialmente os gastos com as festividades. Extra-oficialmente, a
estimativa do partido era de
que os custos chegariam a R$
500 mil. O PT organizará parte
da festa. O restante está sob
responsabilidade do cerimonial do Palácio do Planalto.
(LS)
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