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Gregolin diz que devolve dinheiro se CGU pedir
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Pesca, Altemir
Gregolin, afirmou ontem que
devolverá do "próprio bolso" o
dinheiro gasto numa churrascaria em Brasília, caso a CGU
(Controladoria Geral da União)
o considere ilegal. Gregolin
usou o cartão corporativo do
governo para pagar a conta de
R$ 512,60. Ele alega que a despesa se refere a almoço com
uma comitiva pesqueira da
China. "Assinamos até tratado
comercial", disse, afirmando
que o gasto foi "emergencial" e
autorizado pelo departamento
jurídico de sua pasta.
O ministro Jorge Hage, da
CGU (Controladoria Geral da
União), contudo, disse que a
despesa foi irregular, pois não
há "previsão na lei" para esse tipo de pagamento. Segundo Hage, o uso do cartão na capital federal é restrito a pequenos gastos, como serviços de manutenção e material de escritório.
Mas o órgão ainda não se posicionou oficialmente -anteontem foi aberta investigação nos
gastos dos ministros Gregolin,
Matilde Ribeiro (Igualdade Racial) e Orlando Silva (Esporte).
O ministro da Pesca disse
que há apenas uma "averiguação, não investigação", e afirmou que o pedido para o órgão
fiscalizar seus extratos partiu
dele, o que foi autorizado por
Dilma Rousseff (Casa Civil) -a
secretaria é ligada à Presidência. Ele também justificou o
grande número de gastos com o
cartão (em restaurantes, hotéis
e aluguéis de veículos) em Chapecó (SC), sua base política e
onde vivem a filha e ex-mulher.
Segundo ele, o Estado é o
"maior produtor de pescado do
país", além de Chapecó ser a cidade em que fica o "único aeroporto da região". "Usei o cartão
apenas em viagens oficiais. Não
tenho estrutura na cidade." O
ministro declarou ainda estar
pronto para "prestar esclarecimentos", caso seja convocado
pelo Congresso.
(LUCAS FERRAZ)
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