São Paulo, quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

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PF mostra como PTB orientava apadrinhados

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um documento apreendido pela Polícia Federal durante as investigações de irregularidades nos Correios revela de que forma o PTB teria orientado seus apadrinhados a trabalhar dentro da estatal.
Redigido pelo então assessor do PTB Emílio de Faria Braga, em papel timbrado do PTB, "no documento havia, [conforme consta da página 50 do inquérito da PF sobre os Correios], determinações de que [Antonio] Osório [futuro diretor de Administração da estatal] deveria, quando assumisse seu cargo nos Correios "dar uma parada nos processos a título de tomar conhecimento e endurecer o jogo para os fornecedores virem ter uma conversa olho no olho e saber que a diretoria tem novo dono".
Para o delegado Daniel França, que assina o relatório do inquérito, a afirmativa de Braga "sugere claramente a realização de atos ilegais dentro da ECT por parte de membros do PTB", conforme consta da página 92 do relatório.
Chamado a depor, Braga disse à PF que colhera com "fontes" as informações que repassara a Osório e que, como era jornalista, teria o direito legal de não revelar seus nomes.
Acabou indiciado pelo crime de falso testemunho, cuja pena pode chegar a três anos de prisão, além de multa.
Quanto a Osório, segundo a PF, mostrou-se confuso. Primeiro disse não ter lido o documento, que foi apreendido no apartamento do hotel em que ele morava em Brasília. Depois, ele confirmou ter recebido o papel de Braga. Mas "afirmou que não colocou em prática as ações descritas na carta".


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