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PF mostra como PTB orientava apadrinhados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um documento apreendido pela Polícia Federal
durante as investigações
de irregularidades nos
Correios revela de que forma o PTB teria orientado
seus apadrinhados a trabalhar dentro da estatal.
Redigido pelo então assessor do PTB Emílio de
Faria Braga, em papel timbrado do PTB, "no documento havia, [conforme
consta da página 50 do inquérito da PF sobre os
Correios], determinações
de que [Antonio] Osório
[futuro diretor de Administração da estatal] deveria, quando assumisse seu
cargo nos Correios "dar
uma parada nos processos
a título de tomar conhecimento e endurecer o jogo
para os fornecedores virem ter uma conversa olho
no olho e saber que a diretoria tem novo dono".
Para o delegado Daniel
França, que assina o relatório do inquérito, a afirmativa de Braga "sugere
claramente a realização de
atos ilegais dentro da ECT
por parte de membros do
PTB", conforme consta da
página 92 do relatório.
Chamado a depor, Braga
disse à PF que colhera com
"fontes" as informações
que repassara a Osório e
que, como era jornalista,
teria o direito legal de não
revelar seus nomes.
Acabou indiciado pelo
crime de falso testemunho, cuja pena pode chegar a três anos de prisão,
além de multa.
Quanto a Osório, segundo a PF, mostrou-se confuso. Primeiro disse não
ter lido o documento, que
foi apreendido no apartamento do hotel em que ele
morava em Brasília. Depois, ele confirmou ter recebido o papel de Braga.
Mas "afirmou que não colocou em prática as ações
descritas na carta".
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