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EUA e Brasil investigam mais uma conta atribuída ao presidente do TCE
Bittencourt informa, via assessoria, que está proibido de falar sobre o caso
DA REPORTAGEM LOCAL
Os Estados Unidos e o Brasil investigam uma nova conta bancária ilegal atribuída ao presidente do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), Eduardo Bittencourt Carvalho, em instituições norte-americanas.
Segundo documentos obtidos pela reportagem, o presidente do TCE teria transferido o saldo de uma conta no banco Lloyds TBS, em Miami (Flórida), para uma no First Hawaiian, em Honolulu (Havaí).
Procurado pela Folha, Bittencourt informou, por meio da assessoria do TCE, que está proibido de falar sobre o caso para não atrapalhar o andamento do processo sigiloso que move contra a ex-mulher, Aparecida Bittencourt Carvalho, a quem atribuiu as acusações "absurdas e ofensivas".
A investigação contra o presidente do tribunal, que tem a função de zelar pela probidade de contas públicas, começou em dezembro, após o Ministério Público ouvir o ex-funcionário do TCE Ruy Imparato, que atribuiu a Bittencourt a remessa de até US$ 15 milhões para o exterior.
Os documentos que levaram o Ministério Público a complementar o pedido de ajuda internacional para rastreamento de contas bancárias foi uma carta atribuída a Bittencourt e um extrato bancário.
Na carta, datada de 22 de fevereiro de 2005, é solicitado o encerramento da conta número 1.1018.267, do Lloyds TBS, em Miami, e a transferência do saldo remanescente para a conta 06.205518, do First Hawaiian Bank, em Honolulu.
De acordo com cópia do extrato, US$ 6.771,23 saíram da conta do Lloyds, registrada em nome de Johnny R. D. O. Lopes. A autenticidade da carta manuscrita e do extrato ainda serão estudados. O Ministério Público pedirá um exame grafotécnico para tentar descobrir o autor do texto. Dos EUA, espera ser informado sobre a titularidade da conta.
Segundo a Folha apurou, o papel foi obtido pela ex-mulher de Bittencourt em viagem a Miami entre os dias 1º e 6 de junho de 2005.
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