São Paulo, quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

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Jobim diz que submarino nuclear não sofrerá cortes

Ministro conhece modelo francês na base de Toulon

ELIANE CANTANHÊDE
ENVIADA ESPECIAL A TOULON

Um dia após o presidente Lula e cinco ministros terem decidido manter o corte de gastos de R$ 20 bilhões devido ao fim da CPMF, o ministro Nelson Jobim disse ontem que o programa do submarino de propulsão nuclear está mantido. "Já está tudo combinado. Ninguém vai mexer no programa e nos R$ 130 milhões deste ano", disse Jobim em visita à Esquadrilha de Submarinos Nucleares de Ataque, em Toulon. O ministro e o futuro comandante do Estado-Maior da Marinha da França, Pierre-François Forrissier, entraram num dos seis submarinos da classe Rubi da frota, o Saphire.
O orçamento do programa do submarino brasileiro é de cerca de R$ 1 bilhão, com desembolsos anuais de R$ 130 milhões e a previsão de uso da tecnologia francesa para a produção dos cascos e do "recheio cibernético". O Brasil já detém a tecnologia de propulsão nuclear. A Folha teve acesso à base de Toulon e entrou num submarino da classe Rubi, que é bem menor e considerado muito mais ágil que os americanos, projetados para lançar mísseis intercontinentais. Os franceses podem transportar 75 homens, a uma velocidade de 25 nós. Levam 14 torpedos ou mísseis.
Os submarinos da classe Rubi emergem após 60 dias só para descanso dos tripulantes e reabastecimento de comida, pois, ao contrário dos submarinos diesel-elétricos, que precisam voltar à superfície, podem permanecer meses sob a água.


A jornalista ELIANE CANTANHÊDE viajou num avião da FAB de Paris a Toulon, acompanhando a comitiva do Ministério da Defesa.


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