São Paulo, quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Texto Anterior | Índice

Toda Mídia

Nelson de Sá

É a economia, de novo

No capítulo de ontem, por TVs e sites americanos, europeus, brasileiros, saíram os quase figurantes John Edwards e Rudolph Giuliani, após nova derrota.
Ao fundo, como na análise "Retorna "é a economia, estúpido'", do "Financial Times", traduzida no UOL, vai se estabelecendo que a crise deve definir a eleição. O texto, ironizando o republicano John McCain por admitir que "economia não é algo que eu entenda tão bem quanto deveria", arrisca que a desaceleração vai eleger um democrata. Outro texto, de um professor de Berkeley, diz que a classe média "não dá mais conta", já exauriu os meios com que contornava os problemas econômicos no país, e olha "ansiosa" aos candidatos.

AMÉRICA E OS LATINOS
Da BBC ao "El País", ecoa pesquisa Zogby que mostrou que "apenas 7% dos americanos acreditam que a América Latina é uma região importante para seu país", muito atrás de Oriente Médio (43%), Ásia (20%) e Europa (12%). No pouco que pensa sobre América Latina, "a maioria vê a região muito negativamente, pela lente da imigração".

SÓ LULA QUER BUSH
Os republicanos querem distância de George W. Bush, mas Lula ligou para propor encontro, como noticiaram do Brasil ao "Washington Post". E ontem, nas agências, a Casa Branca anunciou que "está estudando" a idéia para reanimar a Rodada Doha.
Paralelamente, a cobertura estatal do Irã deu ontem que o país negocia com a Petrobras a exploração no mar Cáspio.

MAIS SUBMARINOS
O francês "Le Figaro" deu afinal, no meio de texto sobre Hugo Chávez, que o governo brasileiro "negocia compra de tecnologia militar" em Paris.
Já a agência americana UPI deu com destaque ontem que a Lockheed Martin conseguiu contrato, "sob administração da Marinha dos EUA", para o "aprimoramento" de quatro submarinos classe Tupi que integram a Marinha do Brasil.

"JOGO DURO"
afp.google.com

O título acima foi a manchete de Fátima Bernardes, num eufemismo do "JN" ao noticiar o protecionismo europeu que suspendeu as importações de carne do Brasil. Ou ameaçou, como indicam europeus citados por France Presse e Dow Jones ontem, ao confirmar a notícia.
Antes, foi manchete de papel no "Valor", com distribuição equilibrada da responsabilidade, "Divergências paralisam exportação de carne à Europa". Esta queria liberar 300 fazendas, o Ministério da Agricultura apresentou 2.681.

IMPERIALISTAS!
Em uníssono, da associação dos exportadores de carne ao Ministério da Agricultura, os fazendeiros saíram pelos sites e telejornais questionando o "protecionismo". Alguns até falaram em "colonialismo".
Pela Efe, um comissário europeu afirmou esperar a volta às compras "em breve".

ALTERNATIVAS
À BBC Brasil, fazendeiros disseram que agora querem usar "criatividade" e buscar novos mercados. Outros, à Folha Online, disseram que o foco será o mercado interno.
A notícia, por outro lado, repercutiu ontem por sites como o Terra da Argentina, que também exporta carne.

O ENVIADO
Philip Burke/newyorker.com

Pelos sites, Lula recebeu José Ramos-Horta e, entre projetos como uma "escola de futebol", o Timor Leste criou a medalha "Sérgio Vieira de Mello".
O brasileiro, que chefiou a transição no Timor Leste para a ONU, vem de receber longo e entusiasmado perfil na "New Yorker", três semanas atrás (ilustração à dir.). A ONU tinha esperança de que, com sua experiência, "pudesse mostrar aos americanos o que fazer e não fazer" no Iraque, disse a revista, mas ele foi morto.


Leia as colunas anteriores
@ - Nelson de Sá


Texto Anterior: Paraná: Liminar manda tirar acusações da internet
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.