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FHC visita sanatório que inspirou Mann
Presidente admira
'montanha mágica'
e da Redação
O restaurante do Berghotel-Schatzalp, o hotel onde
FHC almoçou ontem em Davos, era um antigo sanatório
que proporciona uma das mais
belas vistas dos Alpes suíços.
Foi nesse local que o escritor
alemão Thomas Mann
(1875-1955) buscou inspiração
para escrever o clássico "A
Montanha Mágica" (1924).
Ao chegar no local e ser informado sobre qual das montanhas era a chamada "montanha mágica", Fernando Henrique Cardoso foi perguntado se
havia lido o livro.
"Claro que li, e agora eu entendi como ele fazia todas
aquelas reflexões metafísicas.
Com essa vista!", respondeu.
"A Montanha Mágica" (Nova Fronteira, 800 págs., R$
44,00) é a obra-prima de Thomas Mann, e foi fundamental
para que ele ganhasse o Prêmio
Nobel de Literatura, em 1929.
O personagem central é o engenheiro Hans Castorp, que,
ao visitar um primo tuberculoso num sanatório, decide abandonar a vida prática para dedicar-se aos mistérios da doença
e da morte (as "reflexões metafísicas" a que se referiu FHC).
O romance é visto como uma
alegoria da Europa pós-guerra,
uma sociedade também
"doente". O final -no qual
Castorp opta pela vida- é um
manifesto de esperança na
reestruturação européia.
A Suíça ainda seria determinante na vida do maior escritor
alemão do século 20. Foi lá que
ele exilou-se com a família em
33, por discordar da política
nazista que Adolph Hitler havia implantado na Alemanha.
Morou nas imediações de Zurique até 41, quando mudou-se
para os Estados Unidos. Em 52,
voltou a morar próximo a Zurique. "Quero morrer em paz na
Suíça", escreveu, em 51.
O clã dos Mann tem também
ligações com o Brasil. A mãe do
escritor, Júlia, nasceu em Parati (RJ) -onde, no ano passado,
foi inaugurado um centro cultural que leva seu nome.
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