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MULTIMÍDIA
The New York Times de Nova York
Fome Zero começou devagar, diz diário
DA REDAÇÃO
A guerra contra a fome no Brasil começou de forma lenta, afirma artigo publicado ontem pelo
jornal "The New York Times".
Um dia após ser eleito, Luiz Inácio
Lula da Silva anunciou que a prioridade de seu governo seria garantir que cada brasileiro possa
fazer três refeições por dia. Mas,
cinco meses depois da promessa,
o programa "Fome Zero" tem gerado "mais controvérsia do que
resultados", afirma o diário.
Os críticos dizem que as razões
para o atraso vão desde a falta de
experiência administrativa do governo até um demorado debate filosófico que retardou o início do
programa, diz o jornal.
O apoio popular ao programa é
de fato impressionantemente
grande, afirma o "The New York
Times". Mas quando jornais recentemente noticiaram que um
cheque de R$ 50 mil que a modelo
Gisele Bündchen doou em janeiro
ao Fome Zero ainda não havia sido depositado, o programa se tornou alvo de ataques, diz o diário.
O jornal destaca que moradores
beneficiados pelo Fome Zero argumentam que o que eles realmente necessitam é água potável e
não comida. Eles também reclamam que não têm permissão para
gastar o dinheiro do programa
com outras coisas além de alimentos, como medicamentos,
roupas e material escolar.
Segundo o diário, o governo parece não saber ao certo quantas
pessoas o Fome Zero pode beneficiar. Durante a campanha, Lula
falou em mais de 50 milhões de
pessoas passando fome numa população de 176 milhões. Mas, uma
vez eleito, alguns de seus assessores começaram a usar um número mais modesto, de cerca de 18
milhões de pessoas.
Parte da confusão pode ser linguística, diz o diário, que destaca
que no Brasil a palavra fome é
usada para designar diferentes estágios de má alimentação.
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