São Paulo, quarta-feira, 31 de março de 2004

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Exército quer que 64 seja visto "sem ressentimentos"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Na ordem do dia relativa aos 40 anos do golpe militar de 64, o comandante do Exército, general Francisco Albuquerque, sugere que a data seja vista "como uma página de nossa história, com o coração livre de ressentimentos".
O texto, que será lido hoje em todos os quartéis, é dirigido aos soldados. O general sugere a eles que considerem "a importância de viver em uma sociedade cujos filhos não estão divididos pelas paixões ideológicas e não estão expostos às inquietações do passado".
"Veja o 31 de março de 64 como uma página de nossa história, com o coração livre de ressentimentos. Homenageie esse fantástico povo brasileiro, exemplo da gente pacificadora, que conquistou a convivência harmônica e busca, otimista, o bem comum. Gente que também anseia por mudanças obtidas com segurança e apoiadas no respeito ao próximo", diz a ordem do dia.
O ministro da Defesa, José Viegas, também divulgou uma nota. "A sociedade brasileira reconhece o respeito incondicional das Forças Armadas ao poder político emanado das urnas, aos direitos humanos em todas as suas dimensões e à Justiça, assim como o seu propósito de trabalhar, com serenidade, em prol da defesa e da soberania do país e em apoio à inclusão social e à construção de uma nação mais forte, mais homogênea e mais solidária", diz o texto.
Os comandos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica disseram que não vão comemorar a data.


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