DE WASHINGTON

Com os cerca de US$ 10 bilhões de que dispõe todos os anos para investir em parcerias com governos e empresas da América Latina, o Banco Interamericano de Desenvolvimento é a maior e mais antiga (1959) entidade do tipo presente na região. Como outros organismos multilaterais, como o Banco Mundial e o FMI, também passa por um momento de redefinição de seu papel, subproduto da crise que atingiu as entidades na virada do século.
Essa redefinição data do fim de 2006 e começou a ser implantada no ano passado, sob o comando do ex-jornalista e diplomata Luís Alberto Moreno. Num caso raro entre tais instituições, os que tomam empréstimo do BID já têm maior peso -são 26 países, Brasil incluído, que detêm 50,02% das cotas.
Agora, o banco inicia nova fase, em que os empréstimos/parcerias serão ampliados e diversificados. Para tanto, foi criado um novo departamento, chamado "alcance e parcerias". É o que será anunciado na reunião anual do banco, a partir do fim-de-semana, em Miami. Uma das estrelas do evento é Bill Gates, dono da Microsoft e da maior entidade beneficente do mundo.
"Há hoje muitos atores envolvidos em projetos de desenvolvimento, de Bill Gates a governos soberanos e não-soberanos", disse Moreno à Folha. (SD)


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