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Serra lança
marca de que
"faz acontecer"
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São
Paulo e pré-candidato à
Presidência, José Serra,
deu ontem, na vistoria que
fez ao trecho Sul do Rodoanel, mostra do que deve ser o mote de sua campanha: "fazer acontecer".
Na véspera do ato de
despedida no Palácio dos
Bandeirantes, Serra explorou uma queixa do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva - de que é "um
transtorno" fazer grandes
obras no país - para tentar passar uma imagem de
empreendedor e dar uma
alfinetada na adversária, a
ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT).
"Ontem, o presidente
Lula falava na dificuldade
de fazer obra no Brasil, no
número de anos que demora. Não basta só ter dinheiro. A gente sabe disso.
Pois aqui, foi dada uma demonstração no nosso governo de competência para fazer acontecer", ironizou Serra, acrescentando
que a obra fora aprovada
"por todos os órgãos de
controladoria do Brasil".
Ao dizer que concorda
com Lula, Serra criticou,
indiretamente, o ritmo do
PAC, contrapondo-se à
ministra. "O problema que
o Lula apontou é real. Isso
valoriza ainda mais a realização que hoje mostramos
à nossa população".
No discurso, Serra descreveu sua trajetória para
afirmar que está na vida
pública para melhorar a
vida das pessoas. Segundo
aliados, esse deve ser o
tom da despedida.
Serra diz que hoje não
fará um balanço exaustivo,
mas usar os investimentos
- na área de infraestrutura, meio ambiente e qualificação profissional - como exemplo de capacidade empreendedora em favor dos desfavorecidos.
Buscando um tom informal, deverá fazer um agradecimento, falar da tristeza da saída e investir na
ideia do "dever cumprido".
"Saio melhor do que entrei. Com mais energia".
No discurso - que será
exibido pelo portal do governo - Metrô e vicinais
surgirão como prova do
esforço para que o trabalhador ganhe tempo.
O ajuste fiscal, como
instrumento para que se
façam mais obras. Serra
enfatizará educação profissionalizante como ferramenta de emancipação.
Além das obras realizadas, Serra pediu aos secretários uma lista de ações
em andamento. "O governo não acaba agora".
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