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MT tenta desarmar sem-terra e milícia
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
A Secretaria da Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso iniciou uma operação para desarmar os sem-terra e uma milícia,
supostamente criada por fazendeiros, contra as invasões nas
propriedades rurais.
Pelo menos 70 fazendas estão
invadidas pelos sem-terra em Mato Grosso e há riscos de confrontos com os proprietários, informou o secretário da Justiça e Segurança Pública do Estado, Célio
Wilson de Oliveira. O comandante da Polícia Militar, coronel Orestes Teodoro de Oliveira, disse à
Agência Folha que cerca de 50 armas e explosivos à base de pólvora foram apreendidos nas últimas
semanas em áreas de conflitos, incluindo as regiões onde agem grileiros de terras.
Segundo o coronel Oliveira, o
serviço de inteligência da PM tem
informações sobre uma milícia
armada supostamente criada por
fazendeiros. Também os sem-terra estariam com armas.
A PM mantém desde a semana
passada uma patrulha rural, formada por 11 policiais, no município de Mirassol do Oeste (329 km
de Cuiabá), onde cerca de 2.000
famílias do MST (Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra), invasoras na fazenda São Paulo, afirmam que existem pistoleiros a serviço de fazendeiros.
O dono da fazenda invadida, o
pecuarista Paulo Mendonça, nega
ter seguranças armados. A Associação dos Produtores Rurais de
Mato Grosso divulgou que o MST
busca desviar a atenção sobre as
invasões violentas que tem feito.
No município de Glória do Oeste (304 km de Cuiabá), o prefeito
Roberto Carlos Barbosa (PSDB)
teve ontem sua casa ameaçada de
invasão pelo MST. Desde quarta,
450 famílias mantêm a prefeitura
invadida. A Justiça determinou o
despejo dos sem-terra do prédio.
(HUDSON CORRÊA)
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