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São Paulo, sábado, 31 de maio de 2003

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MT tenta desarmar sem-terra e milícia

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

A Secretaria da Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso iniciou uma operação para desarmar os sem-terra e uma milícia, supostamente criada por fazendeiros, contra as invasões nas propriedades rurais.
Pelo menos 70 fazendas estão invadidas pelos sem-terra em Mato Grosso e há riscos de confrontos com os proprietários, informou o secretário da Justiça e Segurança Pública do Estado, Célio Wilson de Oliveira. O comandante da Polícia Militar, coronel Orestes Teodoro de Oliveira, disse à Agência Folha que cerca de 50 armas e explosivos à base de pólvora foram apreendidos nas últimas semanas em áreas de conflitos, incluindo as regiões onde agem grileiros de terras.
Segundo o coronel Oliveira, o serviço de inteligência da PM tem informações sobre uma milícia armada supostamente criada por fazendeiros. Também os sem-terra estariam com armas.
A PM mantém desde a semana passada uma patrulha rural, formada por 11 policiais, no município de Mirassol do Oeste (329 km de Cuiabá), onde cerca de 2.000 famílias do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), invasoras na fazenda São Paulo, afirmam que existem pistoleiros a serviço de fazendeiros.
O dono da fazenda invadida, o pecuarista Paulo Mendonça, nega ter seguranças armados. A Associação dos Produtores Rurais de Mato Grosso divulgou que o MST busca desviar a atenção sobre as invasões violentas que tem feito.
No município de Glória do Oeste (304 km de Cuiabá), o prefeito Roberto Carlos Barbosa (PSDB) teve ontem sua casa ameaçada de invasão pelo MST. Desde quarta, 450 famílias mantêm a prefeitura invadida. A Justiça determinou o despejo dos sem-terra do prédio. (HUDSON CORRÊA)


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