São Paulo, sábado, 31 de maio de 2008

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País não pode chorar, afirma membro da ONU

DA AGÊNCIA FOLHA

O Brasil não pode "chorar no cantinho sobre sua sorte" quando estrangeiros apontam os problemas ambientais da Amazônia. Essa é a opinião do subsecretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas) Carlos Lopes, que foi representante da entidade no país até 2005, quando assumiu o cargo de conselheiro político do ex-secretário-geral Kofi Annan.
Lopes, 48, natural da Guiné-Bissau, diz que existem pressões estrangeiras sobre a situação da Amazônia em razão da importância que o Brasil possui na área comercial e energética.
"Os grandes problemas sócio-ambientais serão resolvidos por tratados internacionais, que devem ter a mesma força dos comerciais." Para ele, a importância que o Brasil possui nas discussões sobre a preservação ambiental e as mudanças climáticas facilitam para que os interesses do país sejam atendidos em tratados internacionais.
Lopes diz que não existir risco de interferência sobre a soberania brasileira em virtude da importância da Amazônia e classificou como "descabidas" as declarações do general Augusto Heleno sobre a retirada dos arrozeiros da área indígena Raposa/Serra do Sol. O militar disse que a reserva ameaça a soberania. (PABLO SOLANO)


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