São Paulo, sábado, 31 de maio de 2008

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Italianos pedem ajuda de Marisa no caso de jovem assassinado em Maceió

CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A ROMA

A viagem sentimental de Marisa Letícia Lula da Silva, a primeira-dama brasileira, à terra de seu bisavô teve um leve constrangimento: ela recebeu uma carta das autoridades locais pedindo sua interferência no caso do jovem Nicholas Pignataro, morto a tiros em Maceió (AL), na madrugada de 17 para 18 de maio, e enterrado como indigente.
O presidente da Província de Bérgamo, Valerio Bettoni, e o prefeito local, Camillo Andreana, pedem na carta que Marisa ajude a apressar a exumação do corpo de forma a permitir seu translado para a Itália. O corpo foi exumado ontem do cemitério da Vila Pastora e enviado ao IML de Recife. O cônsul da Itália na capital, Massmiliano Lagi, esteve em Maceió e informou ontem à Folha, por meio de um funcionário do consulado, que o corpo será enviado à Itália na próxima semana, em data ainda não definida.
Nicholas foi morto após se envolver em uma briga ao lado de um amigo brasileiro.
A mulher do presidente viajou à Itália na segunda-feira, em avião da Força Aérea Brasileira, com dois filhos, uma nora e um neto, para uma visita a Palazzago, a cidadezinha da Província de Bérgamo, onde seu bisavô, Giovanni Casa, viveu, casou-se com Albina Mazzoleni, em 1908, e depois embarcou para o Brasil.
Como manda a legislação italiana, Marisa inscreveu-se em 2007 no registro civil de Palazzago, como parte do procedimento para obter a cidadania italiana, que foi estendida aos filhos Sandro Luiz Lula, 29, e Luiz Cláudio Lula, 22, que viajaram com ela.
O retorno da família a Roma era previsto para a noite de ontem. Hoje, por volta de 6h30 (1h30 em Brasília), Lula chega para passar três dias de folga na capital, até participar da Cúpula da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação).
A folga se destina a comemorar os 34 anos de casamento de Lula e Marisa. Todos ficam na embaixada brasileira, o histórico Palácio Pamphilj.
Lula vai defender em seu discurso na terça o etanol, listado como um dos responsáveis pela disparada de preços de alimentos no mundo todo.
O único compromisso não-familiar dele será um jantar com um grupo de políticos liderado por Massimo d"Alema, que foi ministro do Exterior no governo de esquerda comandado por Romano Prodi.


Colaborou a Agência Folha, em Recife


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