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Italianos pedem ajuda de Marisa no caso de jovem assassinado em Maceió
CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A ROMA
A viagem sentimental de
Marisa Letícia Lula da Silva, a
primeira-dama brasileira, à
terra de seu bisavô teve um leve constrangimento: ela recebeu uma carta das autoridades locais pedindo sua interferência no caso do jovem Nicholas Pignataro, morto a tiros em Maceió (AL), na madrugada de 17 para 18 de maio,
e enterrado como indigente.
O presidente da Província
de Bérgamo, Valerio Bettoni,
e o prefeito local, Camillo Andreana, pedem na carta que
Marisa ajude a apressar a exumação do corpo de forma a
permitir seu translado para a
Itália. O corpo foi exumado
ontem do cemitério da Vila
Pastora e enviado ao IML de
Recife. O cônsul da Itália na
capital, Massmiliano Lagi, esteve em Maceió e informou
ontem à Folha, por meio de
um funcionário do consulado,
que o corpo será enviado à
Itália na próxima semana, em
data ainda não definida.
Nicholas foi morto após se
envolver em uma briga ao lado de um amigo brasileiro.
A mulher do presidente viajou à Itália na segunda-feira,
em avião da Força Aérea Brasileira, com dois filhos, uma
nora e um neto, para uma visita a Palazzago, a cidadezinha da Província de Bérgamo,
onde seu bisavô, Giovanni Casa, viveu, casou-se com Albina
Mazzoleni, em 1908, e depois
embarcou para o Brasil.
Como manda a legislação
italiana, Marisa inscreveu-se
em 2007 no registro civil de
Palazzago, como parte do procedimento para obter a cidadania italiana, que foi estendida aos filhos Sandro Luiz Lula, 29, e Luiz Cláudio Lula, 22,
que viajaram com ela.
O retorno da família a Roma era previsto para a noite
de ontem. Hoje, por volta de
6h30 (1h30 em Brasília), Lula
chega para passar três dias de
folga na capital, até participar
da Cúpula da FAO (Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação).
A folga se destina a comemorar os 34 anos de casamento de Lula e Marisa. Todos ficam na embaixada brasileira, o histórico Palácio Pamphilj.
Lula vai defender em seu
discurso na terça o etanol, listado como um dos responsáveis pela disparada de preços
de alimentos no mundo todo.
O único compromisso não-familiar dele será um jantar
com um grupo de políticos liderado por Massimo d"Alema,
que foi ministro do Exterior
no governo de esquerda comandado por Romano Prodi.
Colaborou a Agência Folha, em Recife
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