São Paulo, terça-feira, 31 de julho de 2007

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Assessor especial de Lula recebe apoio de petistas depois de gestos obscenos

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar, expressou ontem "solidariedade" ao assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia. Flagrado fazendo sinal obsceno enquanto assistia a reportagem que atribuía a problemas técnicos o acidente do Airbus-320 da TAM, ele teria até entregado o cargo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ontem, ao apresentá-lo no "Curso de Formação em Política Internacional", promovido pelo PT para estudantes e militantes de agremiações de esquerda, Pomar manifestou seu apoio a Marco Aurélio.
À Folha disse que o gesto só mereceu destaque porque compensava o noticiário, crítico à empresa. Para Pomar, aquele não foi um gesto de escárnio às vítimas.
Segundo Pomar, gestos obscenos não são "exóticos" aos brasileiros. "A gente pode gostar ou não, pode achar educado ou não. Mas não é uma coisa que fere a cultura."
Um dos coordenadores nacionais do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Paulo Rodrigues endossa: "A indignação dele é de se entender. Foi dentro do Planalto, mas não o criminalizo. Quantos ministros não fizeram o mesmo?".
Para o secretário sindical do PT, João Felício, deveria haver um desagravo a Marco Aurélio: "Não concordo com o que fizeram com ele. Foi um desabafo, diante de um julgamento precipitado [de que falhas na pista seriam a causa do acidente]".
Segundo o secretário de Movimentos Sociais, Renato Simões, houve um "superfaturamento". "Foi uma exploração supervalorizada de um episódio doméstico."
Secretário nacional do PT, Joaquim Soriano diz que a "gravação foi uma invasão", mas que o gesto é forte.


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