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Assessor especial de Lula recebe apoio de petistas depois de gestos obscenos
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário de Relações
Internacionais do PT, Valter
Pomar, expressou ontem "solidariedade" ao assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia. Flagrado fazendo sinal obsceno enquanto
assistia a reportagem que
atribuía a problemas técnicos
o acidente do Airbus-320 da
TAM, ele teria até entregado
o cargo ao presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
Ontem, ao apresentá-lo no
"Curso de Formação em Política Internacional", promovido pelo PT para estudantes e
militantes de agremiações de
esquerda, Pomar manifestou
seu apoio a Marco Aurélio.
À Folha disse que o gesto
só mereceu destaque porque
compensava o noticiário, crítico à empresa. Para Pomar,
aquele não foi um gesto de escárnio às vítimas.
Segundo Pomar, gestos
obscenos não são "exóticos"
aos brasileiros. "A gente pode
gostar ou não, pode achar
educado ou não. Mas não é
uma coisa que fere a cultura."
Um dos coordenadores nacionais do MST (Movimento
dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra), João Paulo Rodrigues endossa: "A indignação dele é de se entender. Foi
dentro do Planalto, mas não o
criminalizo. Quantos ministros não fizeram o mesmo?".
Para o secretário sindical
do PT, João Felício, deveria
haver um desagravo a Marco
Aurélio: "Não concordo com
o que fizeram com ele. Foi
um desabafo, diante de um
julgamento precipitado [de
que falhas na pista seriam a
causa do acidente]".
Segundo o secretário de
Movimentos Sociais, Renato
Simões, houve um "superfaturamento". "Foi uma exploração supervalorizada de um
episódio doméstico."
Secretário nacional do PT,
Joaquim Soriano diz que a
"gravação foi uma invasão",
mas que o gesto é forte.
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