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Faltou a Cofins, dizem advogados
DA REPORTAGEM LOCAL
Para os advogados tributaristas
ouvidos pela Folha, a principal
crítica em relação ao pacote tributário é o fato de o governo não ter
alterado a alíquota da Confins
(Contribuição Social para Financiamento da Seguridade), que incide em 3% do faturamento. O argumento principal é que a Cofins
tem uma alíquota maior que o PIS
e, por isso, precisava ser alterada.
Para os especialistas, o lado positivo do pacote está na tentativa
de desonerar as exportações.
"Falar que é uma minirreforma
é um equívoco. Essa medida provisória tem endereço certo, que
são os exportadores. A Cofins fica
para o próximo governo", afirmou o tributarista Raul Haidar,
conselheiro da OAB-SP.
Para José Alcides Montes Filho,
sócio do escritório Leite, Tosto e
Barros Advogados Associados, a
medida representa um avanço
para as indústrias, mas foi "péssima" para o setor de serviços. O
aumento do PIS, que passou de
0,65% para 1,65%, incide principalmente no setor de serviços.
"Na realidade, foi tirado o efeito
cascata de um pedaço do sistema,
que é o menor, mas acabou mantendo-se a Cofins", afirmou.
Segundo os advogados, ainda é
cedo para saber se a alteração da
cobrança do PIS será positiva. "O
governo aumentou ao mesmo
tempo a alíquota. Não sabemos se
isso representa uma não-cumulatividade no final. Temos de colocar no papel cada caso", disse Denise Homem de Mello Lagrotta,
do Pompeu e Longo Advogados.
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