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Campanha quer levar denúncia de procurador-geral à televisão
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM
O comando de campanha de
Geraldo Alckmin à Presidência
reuniu um arsenal de imagens,
documentos e reportagens sobre escândalos do governo Lula
para exibição no programa eleitoral. Para essa segunda etapa
da campanha, mais agressiva, já
consultou até a assessoria jurídica sobre a apresentação da
denúncia da procuradoria-geral da República contra 40 acusados de participação no esquema de mensalão.
A exploração da denúncia deverá ser o próximo lance do
coordenador de comunicação,
Luiz Gonzalez. Segundo o presidente do PPS, Roberto Freire
(PE), que esteve ontem com
Gonzalez, havia preocupação
quanto a problemas jurídicos.
Mas, depois do aval dos advogados, irá ao ar. "Não tem forma
mais contundente do que você
colocar esse libelo acusatório
do procurador-geral. Não é de
parlamentar oposicionista",
disse Freire.
Além do documento, foram
submetidas aos advogados cenas como a de corrupção nos
Correios. Segundo o presidente
nacional do PFL, Jorge Bornhausen (SC), toda veiculação
depende de aprovação prévia
em pesquisas qualitativas.
Ontem, líderes do PFL pressionaram pela inclusão de três
imagens no horário eleitoral: 1)
o depoimento do marqueteiro
Duda Mendonça, no qual ele
admite ter recebido pagamento
não-declarado no exterior; 2)
as declarações do caseiro Francenildo Costa, que provocaram
a queda do ex-ministro Antonio Palocci; 3) e as versões do
empresário Marcos Valério de
Souza sobre o caixa dois do PT.
Amanhã, Alckmin deverá visitar o morro da Providência,
no Rio, ao lado do prefeito Cesar Maia. A visita atende a um
pedido de Gonzalez, que busca
cenas do candidato em contato
com o povo. Segundo tucanos,
Gonzalez não gosta de imagens
como a do almoço de Alckmin
com empresários, no qual o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso -que não goza de boa
aprovação popular- fez ataques ao presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
Colaborou SILVIO NAVARRO, da Sucursal de Brasília
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