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OUTRO LADO
Assessor de Serra diz que interesse foi o de apurar
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O assessor de imprensa do
Ministério da Saúde, João Roberto Vieira da Costa, afirmou
que o único interesse do ministro José Serra, ao tomar conhecimento da denúncia relatada
pela jornalista Alba Chacon, foi
o de investigar o caso.
"Logo que soube da história, o
ministro concluiu que se tratava
de uma armação, porque conhece o caráter de Renilson Rehen e tem inteira confiança nele", declarou Costa.
Segundo ele, o lobista Alexandre Paes dos Santos passou à
condição de investigado pelo fato de não ter apresentado as fitas
que conteriam a gravação de
uma suposta conversa na qual o
secretário nacional de Assistência à Saúde, Renilson Rehen, e
um outro assessor do ministro
teriam pedido contribuições à
campanha de Serra à Presidência da República ao representante de um laboratório farmacêutico.
Sendo assim, declarou Costa,
o comportamento de Santos poderia ser caracterizado como
uma tentativa de chantagem.
Sobre a suposta demora para
começar a investigar o caso,
Costa afirmou que levou o caso
ao ministro José Serra na primeira vez que o encontrou pessoalmente, desde que tomou conhecimento da denúncia.
"No dia 19, por volta das 18h, a
Alba me contou o caso. No dia
20, não falei com o ministro
porque ele estava em viagem ao
Ceará, na inauguração do Hospital Sarah Kubitschek", disse o
assessor do ministro.
"No dia 21 (sábado), viajei para São Paulo, retornando para
Brasília, no dia 25, terça-feira,
no vôo das 11h23 da TAM. Na
tarde daquela terça-feira, em
reunião com o ministro, um
subprocurador do Ministério
Público e o dr. Renilson, detalhei toda a história que me havia
sido contada pela Alba", disse.
Segundo Costa, "essa reunião
já havia sido acertada na sexta-feira anterior". De acordo com o
assessor de imprensa do ministro, "ainda na tarde do dia 25, na
continuidade dessa reunião,
mas sem o ministro, fui aconselhado a ligar para o Alexandre
Santos e marcar uma reunião
para que mostrasse a fita".
Ele prossegue: "Entrei em
contato no final do dia com o
Alexandre Santos, falei do meu
interesse em encontrá-lo aqui
no ministério", declarou.
Ainda de acordo com Costa,
"ele disse que tinha um compromisso e que não poderia
desmarcar. Disse que me procuraria no dia 1º de outubro, assim
que retornasse de uma viagem
ao exterior". Segundo o assessor, "no dia 26 pela manhã, ele
me ligou de fora do país, segundo disse, e foi neste momento
que foi feita, sob orientação do
subprocurador, a gravação do
telefonema".
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