DA SUCURSAL DO RIO

Paraibano que jamais havia morado em Nova Iguaçu, o deputado federal Lindberg Farias (PT) -ex-presidente da União Nacional dos Estudantes- recebeu no ano passado uma missão do governo Lula: encabeçar o combate à hegemonia do ex-governador Anthony Garotinho na Baixada Fluminense. Começará a cumprir a missão se derrotar hoje Mario Marques (PMDB), candidato à reeleição na cidade.
A tarefa parecia impossível. Marques, 64, sete vezes vereador, é apoiado pelos três últimos prefeitos de Nova Iguaçu e pelo governo estadual de Rosinha Matheus (PMDB). Lindberg Farias, 34, surpreendeu e quase venceu no primeiro turno: teve 48,13% contra 39,09% de Marques.
No segundo turno, a disputa se equilibrou. De acordo com pesquisa do Ibope feita no dia 21, os dois candidatos estão tecnicamente empatados.
Ontem, encerrando a campanha, Lindberg Farias se disse à frente. "Abrimos uma vantagem boa. Mas eu estou com atenção especial na fiscalização. Os fiscais não vão sair nem para comer ou ir ao banheiro. Qualquer vacilo pode ser fatal", afirmou o candidato, que teme fraudes cometidas por mesários supostamente ligados a Marques.
Também ontem, o prefeito disse que está empatado com Lindberg e que não teme fraudes: "Eu acredito na Justiça Eleitoral".
A campanha foi marcada por panfletos apócrifos, distribuição de cestas básicas pela prefeitura, pancadarias entre militantes e acusações mútuas.
"Vamos abrir a caixa-preta da corrupção na cidade", afirmou o candidato petista Lindberg durante a campanha. A coligação de Marques bateu na tecla de que seu adversário é um "forasteiro". "Ele não conhece Nova Iguaçu, é um invasor", disse o prefeito.


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