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PERNAMBUCO
Eleito defende reforma política e tributária e reativação da Sudene
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O governador eleito de Pernambuco, Eduardo Campos
(PSB), defendeu a reativação da
Sudene (Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste)
e a discussão imediata das reformas tributária e política.
O ex-ministro disse apoiar o
financiamento público das
campanhas e as eleições conjuntas, com coincidência dos
mandatos. Sobre os tributos,
quer a criação do IVA (Imposto
sobre Valor Agregado).
"Vamos nos empenhar para
fazer um debate da reforma política que não seja para a eleição
seguinte, como o Brasil tem feito desde 1982", disse Campos.
"Toda eleição tem uma lei eleitoral, e não temos uma reforma
que desejamos", declarou.
"Sobre a reforma tributária, é
fundamental ativar a produção
no Brasil para termos mais
crescimento, menos exportação de renda da periferia para o
centro econômico do país", disse. "Para nós, nordestinos, é
muito importante, nesse contexto, a ativação da Sudene."
Campos concordou que o governo de Luiz Inácio Lula da
Silva não conseguiu viabilizar
em quatro anos a recriação da
autarquia, extinta pelo ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso. Mas lembrou que os
governadores foram também
responsáveis pela crise.
"Os governadores, naquele
momento, tiveram uma visão, a
meu ver, atrasada", disse. "Pegaram, cada um, um pouquinho
de tributação e inviabilizaram a
Sudene, que ficou bonita nas
palavras e sem orçamento."
Campos disse que tem conversado com seus colegas eleitos para tentar firmar com eles
um "compromisso em torno de
uma Sudene fortalecida".
"Não queremos privilégio
nem favores, o Nordeste quer
ter oportunidade de ajudar o
desenvolvimento nacional",
afirmou o governador eleito.
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