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Petistas disputam "brinde" com Lula
JULIA DUAILIBI
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
ENVIADOS ESPECIAIS A BRASÍLIA
Na primeira grande festa da corte petista em Brasília, faltarão
convites e sobrarão "barrados no
baile". Até a noite de ontem, integrantes do partido aguardavam
um chamado do presidente eleito,
Luiz Inácio Lula da Silva, para
brindar a virada -do ano e do
governo- na Granja do Torto.
Mas os escolhidos serão poucos.
O concorrido Réveillon dos Silva
promete ser uma festa pequena,
apenas para a família. Nem os irmãos de Lula do lado materno,
que embarcam hoje para Brasília,
sabiam responder ontem se iriam
comemorar a passagem de ano
com o presidente eleito.
O vice-presidente eleito, José
Alencar, por exemplo, é um dos
que não estarão no Torto. O mineiro organizou uma festa particular para cerca de 50 pessoas no
salão Belle Époque do tradicional
hotel Nacional, espécie de QG de
seu partido, o PL, em Brasília.
A comemoração dupla para
muitos -virada do ano e posse
de Lula- acabou abafando a
criatividade. A maioria das festas
de Réveillon de Brasília passou a
adotar o vermelho, ao lado do
branco, como cores principais.
Estrelas e flores carmins estarão
na maioria dos salões, que terão o
embalo de música brasileira, preferencialmente rock e MPB.
É o caso da festa dos Alencar.
Em meio a uma decoração vermelha e branca, os convidados do
vice-presidente e de sua mulher,
Mariza, desfrutarão de ceia, bebidas e música ao vivo.
A cúpula do PT que não receber
o cartão verde para o Torto já
pensou numa segunda opção. O
Réveillon no hotel Blue Tree Park,
em que muitos dos petistas estão
hospedados, é a saída.
Mas os planos dos petistas podem ser alterados com a chegada
do ditador cubano, Fidel Castro,
que deve desembarcar hoje em
Brasília e ficar no Naum.
Os funcionários da equipe de
transição também se organizaram. Após quase dois meses, o
grupo pretende brindar na sede
campestre do Clube do Congresso. A festa será para 400 pessoas, e
os convites já acabaram.
Na comemoração de fim de ano
do PT, vai faltar festa popular. O
partido, que não organizou nada
para o dia 31, afirmou que pretende concentrar esforços para o dia
da posse. O governo peemedebista do Distrito Federal, por sua vez,
afirmou que a tradicional festa
que ocorria na Esplanada dos Ministérios teve de ser desmarcada.
O publicitário do PT Duda
Mendonça, mentor da cerimônia
da posse, também organizava
uma festa para publicitários, produtores e afins. Mas até ontem,
ainda procuravam local ideal para
abrigar a comemoração.
O tradicional restaurante do poder, Piantella, também preparou-se para receber políticos petistas,
que estarão sem festas.
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