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Para 2004, Lula deixa R$ 7,5 bi em gastos pendentes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois do ritmo lento dos
primeiros meses do ano, o
governo Lula pisou no acelerador dos gastos em dezembro. Em duas semanas e
meia, até o último sábado,
foram lançados pelos ministérios mais de R$ 7 bilhões
em empenhos, equivalentes
a um compromisso de gasto.
A Folha comparou as tabelas levadas ontem ao presidente Lula com as disponíveis no site do Ministério do
Planejamento, com data de 9
de dezembro. Só em investimentos, deverão ser pagos
neste último mês do ano cerca de R$ 1 bilhão. Até meados de outubro, o governo
havia investido pouco mais
de R$ 1 bilhão. O valor deve
fechar o ano em R$ 3 bilhões.
"É sempre assim, o governo acelera os gastos no fim
do ano", disse o ministro
Guido Mantega. Como não
haverá tempo de quitar todas as contas, ficará um saldo pendente para 2004 de
gastos com investimentos e
custeio já empenhados de
cerca de R$ 7,5 bilhões. São
os "restos a pagar".
A orientação era que os
ministérios consumissem o
limite de gastos autorizado
depois do ajuste fiscal e, de
novembro para cá, trabalharam para apressar os gastos.
Para chegar a um percentual próximo a 100% de empenhos de gastos liberados
pelo ajuste fiscal, o governo
remanejou verbas de ministérios que vinham apresentando maior dificuldade para tocar suas despesas. É o
caso do Mesa (Segurança
Alimentar). O ministério
perdeu R$ 565 milhões (34%
do total de que dispunha)
para reforçar ações do Ministério da Saúde.
(MS)
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