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São Paulo, quarta-feira, 31 de dezembro de 2003

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Para 2004, Lula deixa R$ 7,5 bi em gastos pendentes

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois do ritmo lento dos primeiros meses do ano, o governo Lula pisou no acelerador dos gastos em dezembro. Em duas semanas e meia, até o último sábado, foram lançados pelos ministérios mais de R$ 7 bilhões em empenhos, equivalentes a um compromisso de gasto.
A Folha comparou as tabelas levadas ontem ao presidente Lula com as disponíveis no site do Ministério do Planejamento, com data de 9 de dezembro. Só em investimentos, deverão ser pagos neste último mês do ano cerca de R$ 1 bilhão. Até meados de outubro, o governo havia investido pouco mais de R$ 1 bilhão. O valor deve fechar o ano em R$ 3 bilhões.
"É sempre assim, o governo acelera os gastos no fim do ano", disse o ministro Guido Mantega. Como não haverá tempo de quitar todas as contas, ficará um saldo pendente para 2004 de gastos com investimentos e custeio já empenhados de cerca de R$ 7,5 bilhões. São os "restos a pagar".
A orientação era que os ministérios consumissem o limite de gastos autorizado depois do ajuste fiscal e, de novembro para cá, trabalharam para apressar os gastos.
Para chegar a um percentual próximo a 100% de empenhos de gastos liberados pelo ajuste fiscal, o governo remanejou verbas de ministérios que vinham apresentando maior dificuldade para tocar suas despesas. É o caso do Mesa (Segurança Alimentar). O ministério perdeu R$ 565 milhões (34% do total de que dispunha) para reforçar ações do Ministério da Saúde. (MS)


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