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Integrantes de CPI questionam saída "premiada"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A exoneração de Paulo Lacerda da direção geral da
Abin (Agência Brasileira de
Inteligência) e sua nomeação a adido policial na embaixada em Portugal aumentaram a pressão para o seu
indiciamento na CPI dos
Grampos da Câmara.
O presidente da comissão,
deputado Marcelo Itagiba
(PMDB-RJ), e o deputado
Gustavo Fruet (PSDB-PR)
dizem estarem convencidos
de que Lacerda mentiu à CPI
ao falar que a agência tinha
apenas colaborado de forma
lateral na Operação Satiagraha e que o delegado foi compensado com a função no exterior por sua obediência a
ordens superiores.
Após o recesso parlamentar, Fruet disse que pedirá
explicações formais ao ministro Tarso Genro (Justiça)
e ao ministro-chefe do GSI
(Gabinete de Segurança Institucional), Jorge Felix, sobre a saída "premiada" de Lacerda. O tucano diz acreditar
que a nomeação a adido policial foi uma forma de calar o
delegado. "Precisamos saber
porque esse cargo foi criado
só para ele. Parece claro que
ele tem informações importantíssimas e foi recompensado", disse.
O relator da CPI, deputado
Nelson Pellegrino (PT-BA),
no entanto, não sabe se pedirá o indiciamento de Lacerda
em seu relatório final, em fevereiro. Em sua opinião, o
governo dá a entender que
ele não cometeu nenhuma
falta grave. "Não está tão claro assim se ele mentiu ou
omitiu por um bem maior."
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