São Paulo, quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

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Integrantes de CPI questionam saída "premiada"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A exoneração de Paulo Lacerda da direção geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e sua nomeação a adido policial na embaixada em Portugal aumentaram a pressão para o seu indiciamento na CPI dos Grampos da Câmara.
O presidente da comissão, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), e o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) dizem estarem convencidos de que Lacerda mentiu à CPI ao falar que a agência tinha apenas colaborado de forma lateral na Operação Satiagraha e que o delegado foi compensado com a função no exterior por sua obediência a ordens superiores.
Após o recesso parlamentar, Fruet disse que pedirá explicações formais ao ministro Tarso Genro (Justiça) e ao ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Jorge Felix, sobre a saída "premiada" de Lacerda. O tucano diz acreditar que a nomeação a adido policial foi uma forma de calar o delegado. "Precisamos saber porque esse cargo foi criado só para ele. Parece claro que ele tem informações importantíssimas e foi recompensado", disse.
O relator da CPI, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), no entanto, não sabe se pedirá o indiciamento de Lacerda em seu relatório final, em fevereiro. Em sua opinião, o governo dá a entender que ele não cometeu nenhuma falta grave. "Não está tão claro assim se ele mentiu ou omitiu por um bem maior."


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