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ADMINISTRAÇÃO 2
Desvio de dinheiro, que nunca foi devolvido, ocorreu em sete cidades e é apurado nos últimos três anos
Escândalos movimentaram R$ 200 mi
free-lance para a Folha Campinas
Sete prefeituras da região tiveram um prejuízo de pelo menos R$
200,2 milhões em oito escândalos
que se tornaram alvo de investigações nos últimos três anos no Legislativo e na Justiça.
Os períodos em que o dinheiro
foi desviado variam de seis meses a
dez anos.
O total movimentado nunca foi
devolvido aos cofres públicos.
O maior desvio de dinheiro público ocorreu em Campinas, em
96, no escândalo dos precatórios.
A prefeitura vendeu R$ 79,8 milhões em títulos públicos para o
pagamento de precatórios judiciais mas não utilizou o dinheiro
para esse fim.
Resgate
Diferentemente do que previa a
legislação, a prefeitura não resgatou os títulos em 98, quando venceu a primeira das parcelas.
O prefeito Edivaldo Orsi (PSDB),
que governou Campinas de março
a dezembro de 96, afirma que usou
o dinheiro em obras e em pagamento de fornecedores.
A destinação do dinheiro, entretanto, não era controlada. Por mês,
em média, foram desviados R$
24,3 milhões.
O maior período de irregularidades envolveu as fraudes no ISSQN
e no IPVA de Piracicaba que, segundo dados da Câmara, acontece
desde 89.
Dois ex-prefeitos de Nova Odessa, Simão Welsh (PMDB) e Manoel
Samartin (PDT), foram condenados pela Justiça a devolver R$ 20
milhões aos cofres públicos pela
contratação de funcionários sem
concurso.
Eles recorreram da sentença e o
processo continua. Isso também
aconteceu em Campinas (leia texto
à pág. 3-3).
Exoneração
Três funcionários públicos foram exonerados dos cargos pelo
envolvimento nas irregularidades.
O ex-diretor do DRI (Departamento de Receitas Imobiliárias) da
Prefeitura de Campinas José Humberto de Freitas só foi demitido
porque tinha cargo de confiança.
Ele participou de processos de
revisão irregular do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
Por ser concursado, o engenheiro
Antonio Sérgio Assunção Tavares
foi afastado e responde processo
administrativo.
Em Bragança Paulista, os funcionários Nilson Fernandes e João
Herbert Alessandri, acusados de
desviar vales-transporte, foram
exonerados pela prefeitura.
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