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Suspeitas de desvio são de
R$ 6 milhões
free-lance para Folha Vale
O desvio de finalidade no uso do
dinheiro público por parte de prefeituras é alvo de dez investigações
em andamento no Ministério Público ou em Câmaras do Vale do
Paraíba. As suspeitas envolvem oito cidades e o emprego de pelo menos R$ 5,9 milhões, valor que supera o Orçamento anual da cidade de
Silveiras (R$ 3,5 milhões), que
abriga 5.300 habitantes.
As investigações envolvem desde
alimentos para merenda vencidos
nos depósitos da prefeitura, passam por contratação irregular de
empresas, superfaturamento de
obras, nepotismo, doação ilegal de
bem público, até falsificação de notas fiscais e supersalários.
Em São Bento do Sapucaí, CPI
(Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara pediu a cassação
do prefeito Antonio Carioca de
Azevedo (PTB). "Ele usou o nome
de servidores para fazer empréstimo porque a prefeitura não tem
mais crédito", acusa Ildefonso
Mendes Neto, coordenador de movimento suprapartidário que pediu a cassação de Azevedo.
Outro que pode ser cassado é
Mário Carneiro Leão (PDT), prefeito de Tremembé. "Há sete acusações contra ele, inclusive falsificação de nota fiscal", afirma o vereador Adolfo Mendes Júnior (PL).
Vereadores de oposição em Pindamonhangaba articulam uma
CEI para cassar o mandato do prefeito Vito Ardito Lerário (PSDB).Já
em São José dos Campos, uma CEI,
que estaria estagnada, segundo vereadores, investiga um aditamento
de R$ 1,8 milhão a contrato de
construção da quarta etapa do anel
viário. A mesma CEI considerou
ilegal contrato de R$ 1,5 milhão
com a seguradora Nova Hamburgo. Nesta terça, vereadores de Taubaté tentam abrir CEI para apurar
doação de imóvel da prefeitura.
Todos os prefeitos dos municípios
envolvidos nas investigações negam a existência de qualquer irregularidade. A Folha não conseguiu
contato com os prefeitos de São
Bento do Sapucaí e Pinda desde a
última quarta-feira.
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